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Mutirão dos bancos: antes de negociar suas dívidas, veja dicas

Começa nesta segunda (2) e vai até sexta (6) a Semana da Negociação e Orientação Financeira em que nove instituições financeiras vão oferecer descontos de até 92% e prazos especiais para clientes quitarem seus débitos; Confira orientações para se dar bem na negociação

Bárbara Leite

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Dívidas a bancos são as que mais levam o consumidor a ficar com o nome sujo, segundo o SPC–Foto: Reprodução

Começa nesta segunda-feira (2) e vai até sexta-feira (6), a Semana da Negociação e Orientação Financeira, um mutirão em que nove bancos–Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banrisul, Votorantim, Safra e Banco Pan– vão negociar as dívidas dos clientes e oferecer descontos de até 92% e prazos especiais de pagamento.

A campanha, organizada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e o Banco Central (BC) traz uma novidade: as instituições também vão oferecer orientação financeira aos endividados.

Leia também: Mega mutirão de negociação de dívidas: veja condições do BB, Caixa, Santander e Banrisul

Ao todo, 458 agências do BB, Banrisul, Bradesco, Banco Pan, Caixa, Itaú e Santander terão o horário estendido até as 20h nesta semana para oferecer orientação financeira e negociar dívidas em atraso.

A lista das agências pode ser consultada aqui.

As demais agências desses bancos também podem ser procuradas, em horário regular, pelos clientes que quiserem aproveitar as mesmas condições de negociação Podem ser acessados, ainda, os canais digitais dos bancos e a plataforma online.

Nos bancos Votorantim e Safra, a negociação é somente feita pelos canais digitais de atendimentos.

Conforme um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a maior parte das dívidas (53%) em aberto no país está ligada à rede bancária.

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Mas antes de negociar com os bancos, você deve seguir estas dicas da Serasa Consumidor, Proteste, Itaú Unibanco, Mobills e Guiabolso, compiladas pelo Economia Bárbara, para conseguir condições melhores ou para não acabar cometendo o erro de complicar o seu orçamento e ficar ainda mais endividado.

Confira dicas para se dar bem no mutirão de negociação de dívidas com bancos:

1. Faça lista das dívidas

Em primeiro lugar, liste todas as dívidas com os valores e as taxas de juros de empréstimos, contas atrasadas, prestações, cheques pré-datados ou devolvidos, dívidas no cartão de crédito e no cheque especial. Saiba qual o tamanho da situação atual para encontrar uma solução.

2. Estabeleça um limite de quanto você pode pagar

O objetivo é sair das dívidas, certo? Então, já sabendo o quanto poderá pagar, defina um valor limite para negociar e não assuma um compromisso com o qual não possa arcar.

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Saiba se não conseguir quitar o débito como prometido, vai incorrer em juros, que podem acabar anulando os descontos alcançados no mutirão.

3. Limite deve levar em conta imprevistos

Todos nós costumamos acreditar no melhor cenário e, por isso, raramente prevemos um “plano B” para cobrir os eventuais imprevistos. Gastos com reforma, perda do emprego, consertos no carro e doenças na família são causas comuns do atraso no pagamento das contas.

Quando planejar o pagamento de dívidas, reserve ao menos 5% do seu salário para cobrir novos imprevistos que poderão surgir. Seja cauteloso e previna-se de novas dívidas desnecessárias.

O ideal é que se guarde de seis a 12 salários para fazer frentes aos imprevistos.

4. Defina sua estratégia de negociação da dívida

Antes de fazer a negociação com o credor, pense nos argumentos que irá apresentar e leve todos os documentos comprobatórios. Faça uma lista de perguntas que você poderá fazer antes de assinar a negociação. Por exemplo:

  • Qual será o desconto, em percentual, sobre a dívida total?
  • Se pagar à vista, posso ter um desconto maior?
  • Se parcelar, quais serão os juros?
  • Depois de pagar, em quanto tempo terei minha situação regularizada?
  • Quando pagar, vou receber uma carta de quitação?

Se restar alguma dúvida, não decida por impulso. Peça para que a proposta de negociação seja feita por escrito, leve para casa, discuta com a família e volte depois com uma contraproposta ou, se houver concordância, para assinar o contrato de negociação.

5. Veja se dá para negociar prazo e juros

Veja se existe a possibilidade de negociação do prazo de pagamento e da taxa de juros com os bancos credores. O credor não é obrigado a aceitar a proposta. Mas não custa tentar juros menores e/ou prazos maiores para suavizar as parcelas daí em frente. Em mutirões, as instituições costumam estar mais abertas a dar condições melhores.

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E não esqueça de solicitar o CET (Custo Efetivo Total) da dívida, que mostra os juros, as taxas e impostos que serão cobrados. O fornecimento desta informação é obrigatório por lei.

6. Peça desconto maior no pagamento à vista

Se você tiver à mão o valor para quitar sua dívida à vista é possível, sim, pedir um desconto. Geralmente, bancos e instituições financeiras reduzem o valor devido, pois preferem receber tudo de imediato. Vale utilizar o recebimento do 13º salário, bônus ou qualquer outro valor que seja adicional ao seu salário para sair do vermelho.

7. Troque vários débitos por um menor

Analise a possibilidade (e as taxas) para fazer um empréstimo e quitar todas as dívidas. É boa alternativa pegar um empréstimo com juros mais baixos do que a dívida atual, como o crédito consignado, por exemplo. Assim você poderá quitar as dívidas com juros mais altos, como cheque especial e rotativo do cartão de crédito, que são créditos para necessidades de curto prazo – ou seja, para serem usados somente por poucos dias, normalmente em situações imprevistas.

8. Não aceite a primeira proposta

Normalmente, a primeira oferta dos bancos nunca é a mais vantajosa. Ao renegociar dívidas, não aceite a primeira proposta. Tenha paciência, é preciso estar preparado para dialogar muito com a instituição e chegar a um acordo. Espere e vá barganhando até ao limite.

9. Não faça novas dívidas

Se o consumidor está inadimplente e consegue renegociar a dívida, seu nome deve ser retirado dos cadastros de proteção ao crédito.

Contudo, isso não significa que ele deve se sentir livre para assumir novas prestações. Não use, por exemplo, o 13º ou a rescisão para fazer novos empréstimos.

É preciso honrar o acordo e reservar dinheiro para as prestações. Sair das dívidas é um sonho e é necessário priorizá-lo para atingir o objetivo.

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