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Dívidas a bancos lideram entre quem está com o ‘nome sujo’

Levantamento do SPC mostra que 53% dos débitos dos que estão inadimplentes é com instituições financeiras; para o presidente do órgão, o dado é preocupante, já que essas dívidas são as que têm os juros mais altos do mercado em caso de atraso

Bárbara Leite

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Dívidas em atraso a bancos podem gerar cifras impagáveis superando até a renda do negativado, alerta Pellizzaro Junior–Foto: Pixabay

O número de inadimplentes aumentou 1,58% em outubro na comparação com igual mês de 2018, e a maior parte das dívidas (53%) de quem está com o “nome sujo” no país está ligada a instituições financeiras, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

De acordo com o estudo, divulgado nesta quinta-feira (14), no mês, os débitos a bancos tiveram um avanço de 6 pontos percentuais em relação a 2016.

Já o comércio responde por uma fatia de 17% do total de dívidas– em 2016, a participação desse setor era de 20%. Enquanto o setor de comunicação foi responsável por 12% das pendências e as contas de água e luz por 10%.

Na contramão do crescimento das contas em atraso, o número de dívidas apresentou queda de 2,34% no mesmo horizonte de comparação.

Considerando a abertura por número de dívidas relacionadas ao setor credor, houve um crescimento de 18,6% entre as concessionárias de água e luz, enquanto os bancos registraram alta de 1,9%. Por outro lado, os segmentos de comunicação e comércio registraram quedas de 24,6% e 5,4%, respectivamente.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o aumento das dívidas bancárias em termos de participação, que já respondem por maior parte das dívidas em aberto no país, é preocupante. “As dívidas com instituições financeiras são as que têm os juros mais caros do mercado em casos de atraso. E a falta de pagamento desse tipo de dívida pode transformar valores pequenos em cifras praticamente impagáveis, sobretudo por superarem, em muitos casos, a renda do consumidor”, analisa Pellizzaro Junior.

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