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Brasil fecha 2019 com maior geração de vagas com carteira em seis anos

Segundo o Caged, divulgado nesta sexta (24), o país gerou 644.079 empregos formais no ano passado, 115 mil a mais do que em 2018; serviços lideraram contratações, que aconteceram em todos os Estados e setores; dezembro teve a menor perda líquida de postos em 14 anos

Bárbara Leite

Publicado

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Empregos com carteira: dezembro teve baixa de 307 mil postos, abaixo dos 324 mil previstos- Foto: Agência Brasil

O Brasil perdeu 307 mil empregos com carteira assinada em dezembro de 2019, menos que o esperado, fechando o ano com a maior geração de vagas formais em seis anos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério da Economia nesta sexta-feira (24).

Em 2019, o país abriu 644.079 vagas formais, uma alta de 21,63% em relação a 2018 ou 115 mil novos empregos e o melhor resultado desde 2013, quando foram gerados 1,117 milhão de postos.

Totalidade dos 8 setores abriram postos: serviços lideram contratações

Segundo os dados do Caged, os oito setores de atividade econômica apresentaram crescimento no nível de emprego em 2019.

O setor de serviços liderou as contratações formais no ano passado, com a abertura de 382.525 postos com carteira, seguido pelo comércio (145.475) e construção civil (71.115).

A indústria, ainda afetada por Brumadinho e crise na Argentina, criou menos: 18.341 empregos. No segmento de agropecuária foram geradas 14.366 vagas, em serviços industriais de utilidade pública, 6.430, em extrativa mineral, 5.005.

Todos os Estados têm geração líquido de postos

No acumulado do ano de 2019, todos os Estados e do Distrito Federal registraram
variação positiva no estoque de emprego. Do total de 644 mil empregos formais criados no ano passado, 318 mil o foram na Região Sudeste.

Os maiores saldos foram em:
• São Paulo: +184.133 postos (+1,54%);
• Minas Gerais: +97.720 postos (+2,45%); e
• Santa Catarina: +71.406 postos (+3,56%).

Os menores foram:
• Amapá: +352 postos (+0,52%);
• Acre: +352 postos (+0,45%);
• Alagoas: +731 postos (+0,21%).

Dezembro: melhor que o esperado

Dezembro teve perda de 307 mil vagas com carteira assinada.

O resultado, embora negativo, veio melhor que a estimativa dos economistas ouvidos pela Bloomberg, que previam o corte de 324 mil vagas. A perda líquida em dezembro foi a menor em 14 anos, desde 2005. Isso pode querer dizer que mais temporários foram efetivados.

Dezembro sempre é um mês com mais demissões que contratações, porque o comércio demite após o dia 25 os funcionários que foram contratados para as vendas de Natal.


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