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Covid-19 arrefece e Bolsas sobem: Europa bate recorde e petróleo avança 2%

Número de novos casos do novo coronavírus, que foi batizado, é o menor em duas semanas e anima mercado; Bolsas na Ásia fecham positivas; China tem sétima alta e o índice europeu Stoxx 600 atingiu máximas históricas; fala de ministro russo puxa cotação do petróleoe dólar tem ligeira alta após disparada na véspera; na agenda tem Powell e dados do varejo brasileiro de dezembro, entre outros eventos

Bárbara Leite

Publicado

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Mercado se anima com alívio no coronavírus e otimismo de Powell- Foto: Pixabay

As Bolsas ao redor do mundo têm novo dia positivo nesta quarta-feira (12), depois que as autoridades chinesas registraram o menor aumento diário de casos de infecção pelo coronavírus, que foi batizado de Covid-19, em quase duas semanas, acalmando os nervos dos investidores sobre o impacto econômico da epidemia.

As ações chinesas fecharam em alta na sétima sessão consecutiva nesta quarta-feira (12). O índice de Xangai subiu 0,87%. No Japão, a alta do índice somou 0,74%.

Na Europa, os índices também abriram positivos com alívio do coronavírus. O índice europeu Stoxx600 bateu recorde nesta manhã ao alcançar 430,24 pontos.

Pelas 6h30, o índice da Alemanha, Dax, subia 0,60%, o da França ( CAC 40) avançava 0,31% e o de Londres (FTSE) tinha alta de 0,27%.

Leia também: 2020 terá duas ‘Super Quartas’: veja agenda das reuniões do Fed e do Copom neste ano

O petróleo Brent, referência para o mercado e para a Petrobras, registrava, pelas 6h30, aumento superior a 2%.

Nesta terça, o Ibovespa, índice de referência da B3 (bolsa de valores brasileira), subiu 2,49%, a segunda maior alta de 2020, fechando nos 115.370 pontos, já beneficiado com as perspectivas de alívio do vírus.

Menor número de novos casos em duas semanas

Nesta quarta-feira, a China registrou o menor número de novos casos de coronavírus desde o final de janeiro, o que contribuiu com uma previsão de seu consultor médico sênior de que o surto poderia terminar em abril. Os mercados globais ficaram animados com a perspectiva. Segundo as autoridades chinesas, foram registrados 2015 novos casos, o menor aumento diário desde 30 de janeiro.

Na semana passada, a China alterou suas diretrizes sobre prevenção e controle do coronavírus, dizendo que somente quando casos assintomáticos mostram sinais clínicos eles devem ser registrados como um caso confirmado. No entanto, não está claro se os dados do governo anteriormente incluíam casos assintomáticos.

O número de mortes no continente aumentou 97 para 1.113 até o fim desta terça-feira (11).

Após máximas, dólar sobe pouco; Powell no radar; Campos Neto fala à noite

O índice que mede o desempenho do dólar ante uma cesta das seis moedas mais fortes do mundo está em ligeira alta nesta quarta-feira, depois de ter tocado ontem no valor mais alto desde outubro de 2019, em reação ao discurso otimista de Jerome Powell, presidente do Fed ( banco central americano).

Powell disse que, embora esteja atento às consequências da epidemia, os EUA crescem forte, o sistema financeiro está mais preparado do que na última crise e não vê a China como riscos sistêmico e deve seguir com operações de recompra de títulos até abril para injetar liquidez.

O discurso fortaleceu o dólar no mundo inteiro.

Contra o real, a divisa bateu um novo recorde de fechamento nesta terça: R$ 4,326.

Um avanço nas reformas fiscais pode ser um canal para reverter a tendência da moeda brasileira, que segue penalizada pela falta de fluxo e piora das estimativas para o crescimento brasileiro, impactado pelo coronavírus.

Powell fala de novo nesta quarta, às 12h, em audiência no Congresso americano, desta vez, no Senado.

Nesta quarta, às 23h, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, dá entrevista à GloboNews e pode comentar se a autoridade está confortável com o atual nível do dólar e futuro da taxa básica de juros, a Selic. A ata do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada na terça, sobre a última decisão de cortar a Selic, de 4,50% para 4,25%, teve leitura dividida.

Para muitos, o documento disse que a Selic ficará estável por mais tempo do que o imaginado e a alta posterior talvez não venha tão rápido, nem seja tão forte. Outros ainda veem espaço para cortes do juro em 2020.

Petróleo em alta à espera da Rússia

O petróleo está em forte recuperação nos mercados internacionais, impulsionado pela expectativa de que a Rússia pode concordar com novos cortes na oferta, para travar a queda das cotações e alívio no surto chinês.

De acordo com um comunicado do ministro russo da Energia, Alexander Novak, o país está “estudando” a proposta da OPEP+ ( grupo dos países exportadores de petróleo mais aliados) para um corte adicional de 600 mil barris na produção, não havendo, porém, indicação sobre quando será tomada uma decisão.

Pelas 6h30, o petróleo Brent era negociado com alta de 2,37% em US$ 55,29.

Eleições americanas: Bernie Sanders se consolida como adversário de Trump

O resultado da segunda eleição primária americana já foi divulgado e o socialista Bernie Sanders ganhou em New Hampshire, depois ter tido o maior número de votos em Iowa.

Leia também: Eleições nos EUA começam hoje: veja quem são os preferidos do mercado financeiro

Ele se consolida como o principal candidato a ganhar a eleição democrata para concorrer à Casa Branca, em novembro, contra o atual presidente dos EUA, Donald Trump, que vai tentar a reeleição.

Outra notícia é que Andrew Yang, um dos candidatos pelos democratas na corrida presidencial, desistiu da eleição depois de ficar mal colocado nas duas primeiras eleições primárias.

Agenda do dia

Na agenda desta quarta-feira (12), teremos a divulgação das vendas no varejo brasileiro de dezembro pelo IBGE às 9h e o fluxo cambial na semana anterior (14h30). Também sai a produção industrial na zona do euro. Nos EUA, serão informados os estoques de petróleo (12h30).

*Com agências

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