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Apenas 16% dos brasileiros conseguiu cumprir metas em 2019; guardar dinheiro é desejo

Levantamento do CNDL e do SPC Brasil mostra ainda que juntar recursos volta a ser o principal objetivo financeiro para 2020; percepção de que a economia brasileira e a situação financeira vai melhorar caiu

Bárbara Leite

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Guardar dinheiro é principal meta financeira para 2020 para 49% dos brasileiros; 30% querem fazer uma viagem-Foto: Reprodução

Começo de ano é sempre momento de definir metas financeiras. Levantamento pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que, em 2019, apenas 16% diz ter concretizado todos os planos traçados no início do ano.

Uma fatia de 68% conseguiram realizar ao menos um projeto que tinham em 2019, um aumento de 7,3 pontos percentuais em relação a 2018 —, principalmente cuidar da saúde (25%), pagar dívidas atrasadas (20%), fazer uma reserva financeira (17%), realizar um tratamento odontológico (14%) e comprar ou reformar a casa (10%).

Juntar dinheiro, a principal meta para 2020, foi a mais difícil de realizar em 2019. As justificativas passam pelo fato de 46% acharem o preço das coisas muito alto, de 38% afirmarem que o dinheiro mal deu para pagar as contas mensais e 30% apontarem o surgimento de imprevistos, com gastos extras ligados à saúde, consertos na casa ou carro.

Além disso, 21% deixaram de alcançar suas metas por perderem o emprego ou terem alguém de casa na mesma situação.

2020: Guardar dinheiro é a principal meta financeira do brasileiro

Alguns dos objetivos financeiros para 2020 já são velhos conhecidos do consumidor. Pelo segundo ano seguido, guardar dinheiro figura como a principal meta financeira do brasileiro para o ano (49%). Além disso, 30% planejam fazer uma viagem, 28% pretendem comprar ou reformar a casa e 27% querem tirar as finanças do vermelho.

O levantamento revela ainda que houve uma queda de 11 pontos percentuais entre os que estão otimistas com o quadro econômico para 2020, passando de 72% para 61% na comparação com os que esperavam um cenário melhor para 2019. Ainda assim, a maioria se mantém otimista. Já 19% acreditam em um ambiente igual e apenas 12% pior.

Também caiu de 72% para 65% a percepção dos brasileiros que esperam uma melhora em sua vida financeira.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, mesmo com a percepção menos otimista do que a observada no início de 2019, agora as evidências de uma retomada estão mais fortes.

“Ainda que o ano de 2019 tenha exigido contenções de gastos entre os brasileiros, face ao desemprego e à perda do poder de compra, tudo indica que o país voltará a receber investimentos em 2020. A continuidade das reformas estruturais será essencial para preparar as bases de um novo ciclo de prosperidade em um futuro próximo”, observa.

A pesquisa ouviu 600 pessoas, entre 25 de novembro e 4 de dezembro de 2019, de ambos os sexos e acima de 18 anos, de todas as classes sociais, em todas as regiões brasileiras. A margem de erro é de 4 pontos percentuais.

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