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Alemanha escapa da recessão, mas cautela com Chile, China e feriado deve dominar mercado

Quinta-feira, dia 14 de novembro, começa com dados mistos–PIB alemão cresce no 3º trimestre, mas indústria e varejo chinês vão pior que o esperado em outubro; turbulências no Chile e incertezas sobre o acordo comercial seguem no radar dos mercados nesta véspera de feriado nacional

Bárbara Leite

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Mercado deve ainda repercutir desempenho negativo da Via Varejo e dados do IBC-Br–Foto: Pixabay

Os negócios no mercado financeiro brasileiro nesta quinta-feira (14) devem ser marcados pela cautela em meio à continuação da instabilidade política e social no Chile, dados negativos da China e incertezas sobre o andamento do acordo comercial entre EUA e China, apesar da boa notícia da Alemanha: escapou da recessão no terceiro trimestre. Como é véspera de feriado da Proclamação da República do Brasil, a prudência dos investidores deve ser redobrada, já que lá fora os mercados funcionam normalmente nesta sexta (15).

O Ibovespa, índice de referência da Bolsa nacional, encerrou nesta quinta com queda de 0,65% para 106.059 pontos, enquanto o dólar subiu 0,48% para R$ 4,187.

A China anunciou dados mais fracos da atividade econômica em outubro nesta quinta. As vendas no varejo subiram 7,2%, menos que os 7,8% esperados, enquanto a produção industrial subiu 4,7%, também abaixo das expectativas (5,2%).

Já a Alemanha informou que o seu Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país) subiu 0,1% no terceiro trimestre, depois de ter recuado 0,2% (número revisto para baixo hoje; antes o recuo era de 0,1%), escapando da recessão (quando o PIB do país soma dois trimestres consecutivos em queda)

As incertezas em relação ao acordo comercial entre EUA e China devem continuar no radar dos investidores. Em entrevista à Fox, o assessor de Comércio da Casa Branca, Peter Navarro, negou nesta quarta os “boatos” de que as negociações entre os EUA e a China teriam chegado a um impasse. Segundo ele, “estamos a caminho de uma fase 1 no acordo comercial, vamos ver se concretiza”.

No Chile, seguem os protestos violentos, que enquadraram o presidente Sebastián Piñera e o levaram a admitir mexer na Constituição, algo que assusta o mercado, que “foge” do país e dos vizinhos por tabela.

Nesta quinta, o Banco Central decidiu antecipar a divulgação do IBC-Br, prévia do PIB brasileiro, previsto para esta sexta (15), que deve trazer números positivos do terceiro trimestre. O dado deve deixar o Comitê de Política Monetária (Copom) mais cauteloso em novos cortes dos juros, além da já prometida redução de 0,50 ponto para dezembro, que levará a taxa básica de juros, a Selic, para 4,5% ao ano.

Na Bolsa, os resultados da Via Varejo no terceiro trimestre devem desanimar os investidores. A prejuízo da varejista subiu mais de quatro vezes, atingindo R$ 383 milhões. A receita líquida caiu 10,7% para R$ 5,68 bilhões, enquanto a expectativa era que ela caísse 4,4% e uma leve melhora no prejuízo.

A empresa atribuiu o mau desempenho às vendas de julho e agosto, que foram afetadas por fragilidade nos sistemas internos, um problema da anterior gestão.

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