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Inflação bate poupança, dólar e euro em 2019; caderneta tem pior ganho real em 4 anos; CDI, em 25 anos

Levantamento da Economatica mostra que caderneta e moedas dos EUA e da Europa terminaram o ano com retornos reais negativos; a Bolsa e o ouro lideraram as rentabilidades e o índice que remunera a renda fixa está com o ganho acima do IPCA mais baixo desde início do Plano Real

Bárbara Leite

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Quando investimentos perdem para a inflação significa que os investidores perderam poder de compra-Foto: Pixabay

A inflação de 2019 superou os ganhos da caderneta de poupança, do dólar e do euro. No ano passado, o IPCA fechou com alta de 4,31%, segundo informou o IBGE na manhã desta sexta (10), enquanto a caderneta rendeu 4,26% no mesmo período. Com isso, o ganho real (já descontada a inflação) da poupança em 2019 foi negativo em 0,05%, o pior desempenho em quatro anos, segundo levantamento da Economatica.

De acordo com a consultoria, desde o Plano Real, que entrou em vigor em 1994, a rentabilidade da poupança só perdeu para a inflação nos anos de 2002, 2013, 2015 e agora em 2019, quando registrou o retorno real mais fraco desde 2015, quando teve perda real de 2,28%.

O rendimento da poupança já descontada a inflação teve seu melhor resultado em 1995, quando pagou 14,68%.

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O ganho da caderneta atualmente é vinculado à taxa básica de juros, a Selic, que sofreu quatro cortes em 2019, e terminou o ano em, 4,5% ao ano, no menor nível da história. Ele é 70% da Selic mais Taxa Referencial (TR, que está igual a zero). Como a taxa Selic está em 4,50%, a caderneta agora paga 3,15% ao ano.

No caso da moeda americana, o retorno real no ano passado foi negativo, em 0,27%, enquanto a divisa europeia fechou com perda real de 2,15%.

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Quem apostou em algum desses investimentos em 2019 teve perda do poder de compra.

Na contramão, os investimentos em Bolsa, ouro e os atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), como fundos de renda fixa, terminaram 2019 com rentabilidades acima da inflação.

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Entre estas aplicações, o Ibovespa, índice de referência da B3 (Bolsa de Valores brasileira) foi a mais rentável, beneficiado pela queda da Selic, aprovação da reforma da Previdência e recuperação econômica.

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O retorno real do índice do mercado de ações atingiu 26,15%, enquanto que o ouro teve ganho de 22,81%, depois de descontado o índice de preços oficial.

CDI tem pior retorno real em 25 anos

Já o retorno do CDI descontada a inflação no ano de 2019 alcançou 1,59%, o ganho mais fraco desde o início do Plano Real, em 1994, segundo a Economatica.

Tal como a poupança, o CDI foi penalizado pela queda da Selic.

Segundo a consultoria, o melhor momento do CDI aconteceu no ano de 1998 com ganho de 26,48% acima do IPCA.

Veja abaixo os ganhos de algumas das principais aplicações financeiras em 2019:

Confira o ganho real da poupança desde início do Plano Real:

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