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IPO do BMG: ação sai a R$ 11,60; veja como ficou o rateio

Valor do banco foi fixado no piso do intervalo indicativo; instituição deu prioridade a quem aceitou o “lock-up”

Bárbara Leite

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O banco BMG informou, nesta sexta-feira (25), que definiu em R$ 11,60 o preço por ação no seu IPO (Oferta Pública Inicial), operação para ser listado na Bolsa. O preço ficou no piso do intervalo indicativo, que era de R$ 11,60 a R$ 13,40, sinalizando que houve apetite moderado dos investidores pelo papel.

Ao menos cinco casas de análise– Nord Research, Levante Investimentos, Suno Research, Condor Insider e Capital Research– recomendaram não participar da oferta, por considerarem que a ação, mesmo no piso estaria cara. Histórico do desempenho dos papéis de bancos pequenos em Bolsa foi outro dos vários motivos citados para o investidor ficar fora da operação.

A oferta do BMG movimentou R$ 1,391 bilhão. Para a empresa ficaram 86,2% da oferta ou R$ 1,2 bilhão, enquanto o acionista vendedor, Flavio Pentagna Guimarães, encaixou R$ 191,3 milhões.

Os papéis começam a ser negociados na B3, Bolsa brasileira, na próxima segunda-feira (28), sob o código “BMGB11”.

Por ora, BMG entregará apenas units

Neste IPO, o banco vai, por ora, entregar somente units (BMGB11) para os investidores. Isto porque as ações (BMGB4) estarão bloqueadas para negociação enquanto não houver a efetiva homologação do aumento de capital social do banco, decorrente da oferta primária, pelo Banco Central e o respectivo desmembramento das units.

Cada unit será composta por 1 ação preferencial  e 3 recibos de subscrição de ação preferencial. Cada recibo dará direito a receber 1 ação preferencial após a aprovação do aumento de capital pedido pelo BMG ao Banco Central.

Até à homologação do aumento de capital, não haverá a negociação de ações preferenciais do banco.

Ou seja, até que seja verificada a homologação, e o respectivo desmembramento das units, o investidor somente poderá adquirir e negociar units. Não há como precisar quando a homologação será concedida.

A unit do BMG foi precificada a R$ 46,40.

Veja como ficou o rateio

A oferta do banco tinha “lock-up” (período em que fica vetada a venda das ações) para o varejo aliado à preferência de distribuição.

O investidor que não aderiu à cláusula de “lock-up” vai ficar com 13,1776% do volume reservado.

Os investidores do varejo, que reservaram entre R$ 3 mil e R$ 1 milhão, e aceitaram o “lock-up”, que era de 45 dias, foram integralmente atendidos nos seus pedidos.

Já os investidores do varejo, mas do chamado segmento private–aqueles com reservas de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões– que aceitaram o “lock-up”, que, neste caso, era de 90 dias, também conseguiram a totalidade das suas demandas.

Com o “lock-up”, o banco visa evitar especulação com o papel, a chamada “flipagem”, venda dos papéis no primeiro ou primeiros dias de negociação.

O líder da oferta foi a XP Investimentos. Os demais coordenadores foram Itaú BBA, Credit Suisse, Brasil Plural e BB Investimentos.

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