A C&A informou, nesta sexta-feira (25), que definiu em R$ 16,50 o preço por ação no seu IPO (Oferta Pública Inicial), operação para ser listada na Bolsa. O preço ficou no piso do intervalo indicativo, que era de R$ 16,50 a R$ 20, sinalizando que houve apetite moderado dos investidores pelo papel.
Ao menos duas casas de análise, a Suno Research e a Levantante Investimentos, recomendaram não participar da oferta, principalmente devido ao destino que a rede varejista de moda vai dar ao dinheiro levantado na operação: pagamento de dívidas da empresa com seus acionistas. Apenas 10% será para expansão orgânica da rede de lojas.
A operação movimentou R$ 1,63 bilhão, uma vez que foi vendido o lote adicional de ações. Para a empresa ficaram R$ 813,7 milhões; o grupo controlador, a família Brenninkmeijer, dos irmãos Clemens e August, cujas iniciais deram origem ao nome da varejista na Holanda, encaixou R$ 542,46 milhões na operação.
As ações preferenciais começam a ser negociadas na B3, Bolsa brasileira, na próxima segunda-feira (28), sob o código “CEAB3”.
Veja como ficou o rateio
A oferta da rede varejista não tinha “lock-up” (período em que fica vetada a venda das ações) para o varejo aliado à preferência de distribuição.
De acordo com o prospecto, os investidores não institucionais ou de varejo que reservaram R$ 3 mil levaram tudo o que demandaram. Acima de R$ 3 mil será aplicado um rateio de 28,535%. Ou seja, acima desse valor, será atribuído 28,535% do volume reservado.
O líder da oferta foi o banco Morgan Stanley; Bradesco BBI, BTG Pactual, Santander, Citi e XP Investimentos foram os outros coordenadores do IPO.