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Dólar bate recorde e vai a R$ 4,28 com coronavírus; anúncio de aéreas dos EUA eleva tensão

Moeda americana fechou em R$ 4,2828, máxima histórica, após ter chegado aos R$ 4,2892, com medo do impacto do surto no crescimento global; mau humor piorou depois que duas companhias americanas de aviação anunciaram que vão suspender todos os voos para o país asiático

Bárbara Leite

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Dólar já havia batido seu recorde de fechamento nesta quinta (30)–Foto: Pixabay

(Atualiza com cotação de fechamento, que é novo recorde histórico)

O dólar, que seguiu sob pressão nesta sexta-feira ( 31), fechou no maior valor nominal da história e também bateu recorde intradiário, em meio ao temor com impacto do coronavírus na economia chinesa e no crescimento global.

No fechamento, o dólar ficou nos R$ 4,2828, com alta de 0,80%, uma nova máxima nominal desde o Plano Real, em 1994. O recorde anterior era R$ 4,26, alcançados em 27 de novembro de 2019.

Durante o pregão a divisa foi a R$ 4,2892, um novo recorde intradiário. O valor mais alto registrado em uma sessão havia sido, de R$ 4,2765,em 26 de novembro do ano passado.

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Nesta quinta, o dólar já havia batido máximas históricas. Para tentar conter a disparada, o Banco Central (BC) anunciou um leilão de venda de US$ 3 bilhões nesta sexta (31) com recompra mais à frente.

O movimento desta sexta é uma resposta ao aumento do número de casos do coronavírus, que subiu de 7.711 para 9.692 em um dia, a grande maioria na província de Hubei, onde está a cidade de Wuhan, epicentro da crise. O total de mortos agora atinge 203.

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O anúncio da Organização Mundial de Saúde (OM, da véspera, de não limitar circulação de mercadorias e de pessoas acalmou os mercados ontem no fim do pregão, mas a divulgação pelas aéreas americanas Delta Airlines e da American Airlines de que vão suspender todos os voos para a China, piorou o mau humor geral. A American a partir de 27 de março; a Delta da quinta-feira da próxima semana, dia 6 de fevereiro, e até 30 de abril.

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Entre outros motivos para a disparada, além do surto, estão os sinais de retomada mais fraca da economia brasileira, número de queda de fluxo e expectativa de nova queda da taxa básica de juros, a Selic, na semana que vem, para 4,25% ao ano, que aumenta o diferencial para os juros americanos, e reduz a atração de migrar o capital de lá para o mercado brasileiro.

Com expectativa de entrada de menos dólares, o mercado “corre” para comprar a divisa.

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