Por 6 votos a 5, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (7) contra a constitucionalidade da prisão após a condenação em segunda instância, abrindo caminho para que condenados fiquem em liberdade, beneficiando presos na Operação Lava Jato, como o ex-presidente Lula da Silva e o ex-ministro José Dirceu.
Como esperado, o voto decisivo foi do presidente do Supremo, Dias Toffoli, que pegou o placar empatado (5 x5). Com outros cinco ministros, Toffoli decidiu que uma pessoa só será presa após o trânsito em julgado do processo, quando não couber mais recurso. No Brasil há quatro instâncias. Além das duas instâncias inferiores, um réu pode recorrer para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, em última instância, para o próprio STF.
Após o julgamento, Toffoli negou, em entrevista à imprensa, que a soltura dos réus, que foram presos em segunda instância, seja automática.
Um grupo de caminhoneiros ameaçou anteriormente fazer greve, caso o STF decidisse ser contrário à prisão em segunda instância, como acabou acontecendo.
Quem votou a favor da prisão após condenação em 2ª instância
- Alexandre de Moraes
- Edson Fachin
- Luís Roberto Barroso
- Luiz Fux
- Cármen Lúcia
Quem votou contra a prisão após condenação em 2ª instância
- Marco Aurélio Mello
- Rosa Weber
- Ricardo Lewandowski
- Gilmar Mendes
- Celso de Mello
- Dias Toffoli (voto de minerva)