Economia Bárbara
  

Economia

Datafolha: otimismo com economia sobe e freia perda de popularidade de Bolsonaro

Novo levantamento do instituto mostra uma melhora da percepção da população com a situação econômica, o que ajudou a estancar a queda de popularidade do governo; as duas únicas áreas cuja avaliação aumentou de forma significativa ante agosto estão ligadas ao desempenho econômico

Bárbara Leite

Publicado

em

Otimismo com a economia é maior entre os mais ricos do que nas camadas mais pobres, diz Datafolha–Foto: Agência Brasil

A parcela da população que acredita que a situação econômica do país vai melhorar aumentou na comparação com a última pesquisa de agosto, o que ajudou a frear a perda de popularidade do governo Bolsonaro neste ano, segundo levantamento do Datafolha, divulgado neste domingo (8).

Segundo o instituto, 43% acham que a economia vai melhorar nos próximos meses; em agosto, 40% pensavam assim; em dezembro de 2018, pouco antes do início do governo Bolsonaro, eram 65%.

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia cresceu 0,6% no terceiro trimestre, acima das estimativas, puxada pelo consumo, agronegócio e serviços, o que levou os analistas a reverem suas projeções para este ano e o próximo.

Outros dois indicadores relacionados ao desempenho da economia foram as únicas áreas do governo cuja avaliação melhorou de forma significativa desde agosto. De acordo com o Datafolha, a taxa de aprovação ao trabalho da equipe econômica do governo aumentou de 20% para 25%, e a do combate ao desemprego foi de 13% para 16%.

Leia também: Desemprego cai a 11,6%, com informalidade recorde; 1 milhão saem do subemprego

A taxa de desemprego vem diminuindo, com a criação de novos postos de trabalho, mas ainda assim a alta se dá por muito por conta da informalidade e empregos por conta própria, que estão em nível recorde.

Popularidade de Bolsonaro e mais ricos

O otimismo com a situação econômica levou ao freio da perda de popularidade do governo Bolsonaro.

Segundo o instituto, a taxa de aprovação à sua administração oscilou de 29% para 30% na primeira semana de dezembro, dentro da margem de erro do levantamento, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A taxa de reprovação ao governo, que tinha crescido de 30% para 38% nos primeiros oito meses depois da posse de Bolsonaro, agora oscilou negativamente para 36%, variação que também está dentro da margem de erro do instituto.

Como as variações foram dentro da margem de erro não dá para dizer que a popularidade subiu nem que a taxa de reprovação ao governo caiu.

De acordo com o levantamento, o otimismo com a economia é maior entre os mais ricos do que nas camadas mais pobres da população, assim como os índices de popularidade do governo Bolsonaro. 

Para maioria, crise vai demorar para passar

Menos pessoas acreditam que a crise vai demorar para passar, mas ainda a maioria vê que o país não voltará a crescer com força tão cedo.

Na nova pesquisa, 55% disseram que a crise deve demorar para acabar, e o Brasil não vai voltar a crescer tão cedo; em agosto, eram 59%.

Outros 37% acham que a crise será superada em meses, contra 35% no levantamento de agosto.

*Com Folha.com

Publicidade
Subscreva nossa Newsletter!
Cadastre seu e-mail para receber nossa Newsletter com dicas semanais.
Invalid email address

Mais Lidas