Fundos de bancos de varejo perdem para gestoras independentes, diz Economatica
Consultoria comparou os ganhos das aplicações em renda fixa desde 2013 e para cinco diferentes prazos; os grandes bancos só bateram os gestores em 2013 e 2015, e o CDI em 2017
Os fundos de renda fixa de bancos do varejo brasileiro tiveram pior desempenho, desde 2013, do que os fundos de gestoras independentes, à exceção dos anos de 2013 e 2015, quando os grandes bancos ganharam dos demais gestores, segundo levantamento da Economatica.
A consultoria calculou a mediana do prêmio sobre o CDI (Certificado de Depósito Interbancário, a taxa que determina o rendimento das aplicações), de todos os fundos de renda fixa em períodos anuais (de 2013 até 2018), em 2019 até o dia 16 de agosto e em períodos de 12, 24, 36, 48 e 60 meses.
Para a amostra foram considerados todos os fundos de renda fixa conforme classificação Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e foram incluídos os fundos que estavam presentes em cada data, mesmo que hoje eles estejam encerrados.
Para a amostra de bancos de varejo foram considerados os cinco maiores do país: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander.
Segundo o gráfico da Economatica, no ano de 2013, os fundos dos grandes bancos de varejo deram 96,97% do CDI, enquanto dos fundos de gestoras desvinculadas pagaram 94,11%. Já em 2015, foi 98,84% do bancos contra 98,50% das gestoras.
Nos demais anos e prazos, os fundos de renda fixa dos gestores deram maior retorno. Em 2019, por exemplo, as aplicações dos bancos de varejo estão dando 99,16% do CDI, enquanto nos das gestoras, a mediana de rendimento está em 106,10%.
Também se verifica que os fundos de bancos de varejo na mediana só ultrapassam o CDI no ano de 2017 (veja gráfico abaixo).