As famílias brasileiras gastaram, em média, R$ 4.649,03, por mês, em 2018, dos quais 4,1% foram aplicados no chamado “aumento do ativo”, investimentos como a aquisição e reforma de imóveis. A fatia é menor que a registrada nos levantamentos anteriores: 1974-1975 (16,5%), 2002-2003 (4,8%) e 2008-2009 (5,8%).
Os números são parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, divulgada nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ao mesmo tempo, a “diminuição do passivo”, que inclui os pagamentos de dívidas, juros e seguros com empréstimos pessoais, por exemplo, consome mais do orçamento das famílias brasileiras: representou 3,2% dos gastos, contra 2% (2002-2003) e 2,1% (2008-2009). Em 1974-1975, porém, os débitos pesavam mais: 3,6% das despesas totais.
Para André Martins, gerente da pesquisa do IBGE, os resultados podem estar relacionados com a crise econômica enfrentada pelo país nos últimos anos. “A capacidade das famílias adquirirem ativos diminuiu ao longo dos anos e as despesas correntes ficaram estáveis em termos de peso no orçamento”, disse o pesquisador.
As famílias brasileiras que moram em centro urbanos gastam 7,2% mais que a média (R$ 4.985,39) por mês, enquanto em área rurais, o gasto é 45,3% menor (R$ 2.543,15).
*Com agências