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Reajustes na gasolina e diesel não chegam às bombas, mostra ANP

Segundo dados da agência, aumento semanal dos dois combustíveis nos postos não foi além de 0,56%, bem abaixo das altas promovidas pela Petrobras nas refinarias, na esteira da disparada do preço do petróleo, que fechou 6,74% mais caro na semana

Bárbara Leite

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Motoristas chegaram a relatar altas abusivas nos postos antes mesmo da estatal aumentar os preços nas refinarias–Foto: Agência Brasil

Na esteira da disparada do preço do petróleo, a Petrobras elevou os preços do diesel em 4,2% e em 3,5% nas refinarias nesta quinta-feira (19), mas os aumentos não chegaram às bombas, segundo dados disponibilizados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em seu site.

De acordo com o levantamento de preços da agência, a gasolina ficou apenas 0,16% mais cara nesta semana (entre os dias 15 e 21 de setembro). A alta deixou o preço da gasolina em R$ 4,317 por litro, na média, contra R$ 4,310 na semana anterior.

A alta do diesel nos postos de combustíveis foi um pouco maior, de 0,56%, mas bem abaixo dos 4,2% de aumento que o combustível sofreu na refinaria. Em média, o óleo diesel custava R$ 3,582 o litro ante uma média de R$ 3,562 na semana passada.

Já o preço do litro do etanol não teve mexidas e ficou estável nos R$ 2,843.

Na terça, após relatos de altas nos preços da gasolina e diesel nos postos, mesmo antes da Petrobras anunciar os reajustes, a ANP admitiu que estava fiscalizado e que, eventuais abusos seriam penalizados. Havia relatos de altas de 5 a 10 centavos por litro do diesel nas bombas. A gasolina foi encontrada a R$ 4,69 em postos em Fortaleza contra uma média de R$ 3,57 anteriormente.

O presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que o repasse da alta do petróleo às refinarias pela Petrobras não seria imediato, movimento que chegou a ser confirmado pela estatal.

Os postos são livres para repassar ou não ao consumidor as altas ou as baixas sofridas pelos combustíveis nas refinarias.

Com ataques, petróleo fecha semana com alta de 6,74%

Ataques com drones às instalações petrolíferas da Saudi Aramco, petrolífera estatal da Arábia Saúdita, no sábado passado, fizeram o preço do petróleo disparar 14,6% na segunda (16), a maior alta em quase 30 anos, para US$ 69,02 o barril.

Os rebeldes houthis reivindicaram o ataque, que cortou a produção de petróleo saudita pela metade ou 6% do consumo diário do produto, mas a Arábia Saudita e os EUA culpam o Irã, que apoia o grupo, pelo atentado.

Na terça (17) e quarta-feira (18), entretanto, os preços do petróleo internacional caíram e recuperaram parte da alta registrada na segunda. Na terça, o petróleo Brent, referência internacional, terminou com queda de 6,5%; já na quarta, a commodity (matéria-prima) teve uma baixa de 1,50%, para US$ 63,63 o preço do barril.

O otimismo se deu depois que, na terça, autoridades sauditas anunciaram que já conseguiram retomar metade da produção perdida e que a outra metade deverá ser retomada até ao fim do mês. O mercado chegou a projetar que a recuperação pudesse levar meses.

Na quinta-feira (19), porém, o petróleo subiu de novo. A cotação do Brent, referência mundial, fechou em alta de 1,30% para US$ 64,40 o barril.

Já nesta sexta (20), o preço do Brent, depois de subir 1,30%, terminou em baixa de 0,19% para US$ 64,28 o barril, com receios de que um agravamento da guerra comercial entre EUA e China possa diminuir a demanda pela matéria-prima. Com isso, o petróleo acumulou uma alta de 6,74% na semana.

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