O preço do petróleo tem novo dia de alta nesta sexta-feira (20) depois que a coalizão liderada pela Arábia Saudita realizou uma operação militar ao norte da cidade portuária de Hodeida, no Iêmen, contra alvos militares do grupo de rebeldes houthis, que, no sábado passado teriam atacado com dez drones a petrolífera estatal saudita Saudi Aramco, interrompendo a produção diária de 50% da produção do país ou 6% do consumo mundial.
A coalizão afirmou ter destruído quatro locais usados para montagem de barcos de controle remoto e minas marítimas. A ação, diz, teve objetivo de ajudar a proteger a liberdade de navegação.
O ataque às instalações petrolíferas da Aramco no sábado fizeram o preço do petróleo disparar 14,6% na segunda (16), a maior alta em quase 30 anos, para US$ 69,02 o barril.
Os rebeldes reivindicaram o ataque, mas a Arábia Saudita e os EUA culpam o Irã, que apoia o grupo, pelo atentado.
Na terça (17) e quarta-feira (18), entretanto, os preços do petróleo internacional caíram e recuperaram parte da alta registrada na segunda. Na terça, o petróleo Brent, referência internacional, terminou com queda de 6,5%; já na quarta, a commodity (matéria-prima) teve uma baixa de 1,50%, para US$ 63,63 o preço do barril.
O otimismo se deu depois que, na terça, autoridades sauditas anunciaram que já conseguiram retomar metade da produção perdida e que a outra metade deverá ser retomada até ao fim do mês. O mercado chegou a projetar que a recuperação pudesse levar meses.
Na quinta-feira (19), porém, o petróleo subiu de novo. A cotação do Brent, referência mundial, fechou em alta de 1,30% para US$ 64,40 o barril.
Nesta sexta (20), mais um avanço. Pelas 10h15, o preço do Brent subia 1,12% para US$ 65,08 o barril. Se fechar nessa cotação, o petróleo vai acumular alta de 8% na semana.
A Petrobras vem acompanhando as variações no preço do petróleo no mercado internacional e repassando a altas aos preços do diesel e da gasolina às refinarias brasileiras. Nesta semana, depois de ter dito que iria segurar os preços, anunciou alta de 3,5% no preço da gasolina e de 4,2% no diesel.