Os postos de combustíveis brasileiros voltaram, pela segunda semana consecutiva, a não repassar ao consumidor a totalidade dos reajustes promovidos pela Petrobras no preço do diesel e na gasolina nas refinarias, embora os aumentos desta semana tenham sido mais intensos que no período anterior.
De acordo com dados disponibilizados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em seu site, os preços do diesel subiram 2,46%, em média, na bomba, entre os dias 22 e 28 de setembro, para R$ 3,670 por litro, depois de ter aumentado 0,56% na semana anterior, quando a Petrobras subiu o diesel em 4,2% nas refinarias, com a disparada do preço do petróleo no mercado internacional.
Já o preço do litro da gasolina, depois de variar apenas 0,16%, em média, na semana em que a petrolífera elevou os valores nas refinarias em 3,5%, teve reajuste médio na bomba de 1,18%, desde o dia 22, último domingo, para R$ 4,368/litro.
Nesta sexta-feira (27), a Petrobras promoveu uma nova alta na gasolina nas refinarias, de cerca de 2,5%, mas não mexeu no custo do diesel.
Já o preço do litro do etanol, que não teve variação na semana passada, agora subiu 0,95% na bomba, para R$ 2,870 por litro, na média.
Os postos são livres para repassar ou não ao consumidor as altas ou as baixas sofridas pelos combustíveis nas refinarias. Na semana da disparada de quase 15% do preço do petróleo, depois que a maior refinaria da Arábia Saudita foi destruída em um ataque de drones, que provocaram a quebra da oferta de 6% do petróleo consumido no mundo, motoristas chegaram a relatar preços abusivos nas bombas, antes mesmo da Petrobras ter anunciado os reajustes nas refinarias.
Entretanto, o preço do barril do petróleo Brent, que é a referência mundial, que disparou a US$ 69 e fez a Petrobras elevar em 3,5% nas refinarias na semana passada e mais 2,5% nesta, e aumentar em 4,2% o custo do diesel, fechou nesta sexta-feira (27) em queda, nos US$ 61,88 o barril. O valor está próximo da cotação pré-ataque às instalações petrolíferas da Saudi Aramco, que estava em US$ 60,22.
Além das cotações do petróleo, a política de preços dos combustíveis da Petrobras também leva em conta a variação do dólar, que fechou esta semana com ligeira alta de 0,07% para R$ 4,156, após uma valorização de 1,60% na semana anterior.