Após uma sexta-feira (6) de alívio, com entrada de fluxo do exterior, o dólar iniciou em alta nesta semana em que teremos uma “Super Quarta”, com decisões sobre o futuro dos juros nos EUA e no Brasil. O motivo da valorização nesta segunda-feira (9) foram os dados das exportações chinesas, que caíram 1,1% em novembro, enquanto o mercado esperava uma alta de 1%.
Pelas 12h30, o valor do dólar estava em R$ 4,154, com alta de 0,20%, depois de ter encerrado no último pregão em R$ 4,146 e acumulado queda de 2,24% na semana passada.
A China divulgou que as exportações recuaram pelo quarto mês consecutivo em novembro, reflexo da continuação da guerra comercial com os EUA. O dado aumenta a aversão ao risco, levando os investidores a se refugirem no dólar.
Além disso, o mercado segue na expectativa de novidades sobre as negociações comerciais entre EUA e China, à medida que se aproxima o prazo de 15 de dezembro, que está previsto uma nova rodada de tarifas dos EUA sobre produtos chineses. Na semana passada, o clima era de otimismo.
A China deu mais um passo para o acerto do acordo e anunciou a retirada de tarifas sobre a soja e a carne de porco americanas, e o presidente dos EUA, Donald Trump, depois de ter sinalizado que preferia acertar o acordo só depois de novembro de 2020, afirmou que as negociações estavam “indo muito bem”.
‘Super Quarta’ no radar
O foco da semana está nas sinalizações sobre as trajetórias dos juros nos EUA e no Brasil para 2020. Nesta quarta (11), acontecem as últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) e do Fed (banco central dos EUA) de 2019, para decidir sobre a taxa básica de juros, que está atualmente em 5% ao ano no Brasil e entre 1,50% e 1,75% nos EUA.
A previsão é que a taxa Selic recue dos atuais 5% para 4,50%, e nos EUA, a taxa seja mantida inalterada, depois de três cortes consecutivos de 0,25 ponto percentual.
O mercado estará atento às declarações do presidente de Jerome Powell na coletiva que dará após a divulgação dos dados e ao comunicado que acompanha a decisão do Copom para ver se indicam o rumo das taxas em 2020.