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Na semana da ‘Super Quarta’, exportações da China frustram e puxam dólar

A moeda americana negociava em ligeira alta nesta segunda-feira (9) após os dados das vendas ao exterior terem caído e na expectativa com novidades sobre o acordo comercial entre os chineses e americanos

Bárbara Leite

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Dólar encerrou a semana passada acumulando uma baixa de 2,24%–Foto: Pixabay

Após uma sexta-feira (6) de alívio, com entrada de fluxo do exterior, o dólar iniciou em alta nesta semana em que teremos uma “Super Quarta”, com decisões sobre o futuro dos juros nos EUA e no Brasil. O motivo da valorização nesta segunda-feira (9) foram os dados das exportações chinesas, que caíram 1,1% em novembro, enquanto o mercado esperava uma alta de 1%.

Pelas 12h30, o valor do dólar estava em R$ 4,154, com alta de 0,20%, depois de ter encerrado no último pregão em R$ 4,146 e acumulado queda de 2,24% na semana passada.

A China divulgou que as exportações recuaram pelo quarto mês consecutivo em novembro, reflexo da continuação da guerra comercial com os EUA. O dado aumenta a aversão ao risco, levando os investidores a se refugirem no dólar.

Leia também: Dólar cai a R$ 4,20; novos fatores podem deixar moeda mais perto de R$ 4 do que de R$ 4,30

Além disso, o mercado segue na expectativa de novidades sobre as negociações comerciais entre EUA e China, à medida que se aproxima o prazo de 15 de dezembro, que está previsto uma nova rodada de tarifas dos EUA sobre produtos chineses. Na semana passada, o clima era de otimismo.

A China deu mais um passo para o acerto do acordo e anunciou a retirada de tarifas sobre a soja e a carne de porco americanas, e o presidente dos EUA, Donald Trump, depois de ter sinalizado que preferia acertar o acordo só depois de novembro de 2020, afirmou que as negociações estavam “indo muito bem”.

‘Super Quarta’ no radar

O foco da semana está nas sinalizações sobre as trajetórias dos juros nos EUA e no Brasil para 2020. Nesta quarta (11), acontecem as últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) e do Fed (banco central dos EUA) de 2019, para decidir sobre a taxa básica de juros, que está atualmente em 5% ao ano no Brasil e entre 1,50% e 1,75% nos EUA.

A previsão é que a taxa Selic recue dos atuais 5% para 4,50%, e nos EUA, a taxa seja mantida inalterada, depois de três cortes consecutivos de 0,25 ponto percentual.

O mercado estará atento às declarações do presidente de Jerome Powell na coletiva que dará após a divulgação dos dados e ao comunicado que acompanha a decisão do Copom para ver se indicam o rumo das taxas em 2020.

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