O grupo dos bilionários–os afortunados com mais de US$ 1 bilhão (R$ 4,138 bilhões)– está ganhando cada vez mais mulheres e registrou, em 2018, a primeira queda na riqueza desde 2015. A conclusão é de um levantamento “Billionaires Insights 2019″ (Relatório sobre Bilionários 2019”), feito pelo banco suíço UBS com a PwC e divulgado nesta sexta-feira (8).
De acordo com o estudo, as mulheres se tornaram bilionárias a uma taxa mais rápida do que os homens nos últimos cincos anos até o final de 2018. O número de bilionárias aumentou em quase metade (46%) no período, passando de 160 para 233. Enquanto isso, o aumento dos homens foi menor, de 39%.
Elas, porém, ainda são apenas 11,08% do total de bilionários do mundo, que, em 2018 somavam 2.101, uma alta de 256% em relação a 2013, quando eram 589.
No ano passado, o número de bilionários caiu 2,64% (em 2017, eram 2.158) e a sua fortuna encolheu 4,3%, ficando em US$ 8,539 trilhões no ano passado. Trata-se da primeira queda desde 2015. A baixa na riqueza foi maior na Ásia, sobretudo na China e Hong Kong.
O recuo no patrimônio dos afortunados foi atribuído aos tumultos geopolíticos e à volatilidade dos mercados de ações, com a guerra comercial entre EUA e China como pano de fundo.
Apenas nas Américas não houve queda de bilionários, movimento puxado pelas empresas de tecnologia nos EUA.
Bilionários chineses
De acordo com o estudo, os empresários da China se tornaram o segundo maior grupo do mundo de bilionário dos últimos cinco anos, ultrapassando a Rússia. A sua riqueza quase triplicou, crescendo 202,6% para atingir US$ 982,4 bilhões.
Mas, em 2018, o patrimônio líquido dos bilionários chineses caiu em 12,3%. O número de bilionários chineses caiu em 48 para 325.
Empresas geridas por bilionários lucram mais
O levantamento revela ainda que empresas geridas por bilionários eram mais lucrativas e davam maior retorno aos seus investidores.
Ao longo dos 15 anos até o final de 2018, o retorno por ação das empresas lideradas por bilionários subiu 17,8%, mais que os 9,1% de alta do índice MSCI ACWI, que rastreia ações em 47 países, no período.
Segundo o estudo, os bilionários têm três traços de personalidade distintos que beneficiam as empresas: fazem riscos inteligentes, têm foco nos negócios e determinação. Além disso, como as empresas familiares em geral, as empresas bilionárias tendem a ter uma estratégia de longo prazo.
