A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta quinta-feira (12), a redução dos juros em três linhas de crédito, em reação ao corte da taxa básica de juros, a Selic, na véspera, que recuou de 5% para 4,50% ao ano. Em duas modalidades, as taxas já eram mais baixas do mercado.
A taxa fixa mínima do crédito imobiliário vai passar de 6,75% ao ano mais a TR (Taxa Referencial) para 6,5% ao ano, a nova menor taxa mínima do mercado, a partir da próxima segunda-feira (16).
Já clientes que recebem salário no banco terão os juros do cheque especial reduzidos de 4,99% ao mês para 4,95% ao mês, também as taxas mais baixas praticadas para a modalidade entre as maiores instituições financeiras do país.
Clientes sem relacionamento com o banco, apenas com uma conta corrente, terão os juros do cheque especial reduzidos de 8,99% ao mês para 8% ao mês.
Com o corte, o banco antecipa a decisão do Banco Central (BC), que entra em vigor no dia 6 de janeiro, de que os bancos não podem cobrar juros acima de 8% na modalidade.
As taxas relativas ao cheque especial começam a valer em 2 de janeiro de 2020.
Copom cortou Selic a 4,50%, menor nível da história
Nesta quarta (11), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu a taxa básica de juros em mais 0,50 ponto percentual pela quarta vez consecutiva. Com isso, a Selic saiu dos 5% anteriores para 4,50% ao ano, menor nível da história.
A Selic serve de referência para outros juros dos financiamentos e para remunerar alguns investimentos.
Mutuário deve olhar o CET, e não apenas a taxa de juros
Apesar das reduções, nem sempre o cliente consegue fazer o financiamento com a taxa mínima porque o banco avalia o perfil do cliente, o histórico de relacionamento, o prazo do financiamento, entre outros critérios, para definir a taxa.
Além disso, os bancos oferecem as taxas mais baixas para novos contratos ou para casos de portabilidade, que é a transferência do contrato de um banco para outro, com condições mais benéficas para o cliente.
Especialistas orientam os clientes a observarem não somente a taxa de juros, mas o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento, que inclui além dos juros, outros custos como seguros e taxas administrativas.