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Bolsas e petróleo se recuperam com estímulos da China e à espera da Opep+

Após tombo, mercado acionário chinês fechou positivo neste terça (4), contagiando o bom humor no resto do mundo; Europa e futuros dos índices americanas negociam acima de 1%; mercado confia nos esforços chineses para contrariar os efeitos do coronavírus na economia; expectativa com reunião de emergência dos países produtores de petróleo, onde pode ser anunciado cortes na produção para estancar queda do preço

Bárbara Leite

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Mercado europeu abre no azul, após Bolsa chinesa encerrar positiva–Foto: Pixabay

O mau humor chinês durou pouco, animando as Bolsas na Europa e os futuros dos índices das Bolsas americanas na manhã desta terça (4). Na China, as Bolsas voltaram a ficar positivas, após o forte tombo na véspera, que já havia sido menos intenso do que o esperado. Os estímulos do banco central chinês estão sendo bem-recebidos com o mercado confiando nos esforços da China para conter o coronavírus e seus impactos na economia.

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A Ásia encerrou toda no azul. O índice Xangai, da China, que havia tombado 7,7% na véspera, subiu 1,34% nesta terça. Veja como fecharam os índices das Bolsas asiáticas:

  • Xangai (China), +1,34%
  • Nikkei (Japão), +0,49%
  • Kospi (Coreia do Sul), +1,84%
  • Hang Seng (Hong Kong), +1,21%

O bom humor se estende à Europa, que negocia com altas acima de 1%. Pelas 7h, o DAX, da Alemanha subia 1,11%. Veja como estavam os principais acionários europeus, às 7h.

  • DAX (Alemanha): +1,11%
  • FTSE (Reino Unido): +1,36%
  • CAC 40 (França): +1,21%
  • FTSE MIB (Itália): +1,50%

Também os índices das Bolsas americanas avançam 1%. Veja como operavam os futuros dos índices de ações de Nova York, às 7h

  • S&P 500 Futuro (EUA): +1,02%
  • Nasdaq Futuro (EUA): +1,13%
  • Dow Jones Futuro (EUA): +0,99%

O petróleo volta a se recuperar após cair abaixo da marca de US$ 50 o barril, e preocupar países produtores e petrolíferas como a Petrobras. Veja como estavam as cotações do petróleo no mercado internacional às 7h:

  • Petróleo WTI, +1,82%, a US$ 51,01 o barril
  • Petróleo Brent, +0,99%, a US$ 54,98 o barril

Já os contratos futuros do minério de ferro negociados na Bolsa de Dalian fecharam com queda de 2,56%.

Esse desempenho no exterior pode continuar ajudando o mercado brasileiro, que reagiu na véspera. O Ibovespa subiu 0,76% para 114.629 pontos, enquanto o dólar teve a maior queda do ano, de 0,86%, terminando em R$ 4,249.

Mais estímulos da China

Nesta terça (4), o Banco Popular da China, o BC chinês, injetou mais US$ 71,3 bilhões no sistema bancário.

Apesar do coronavírus estar longe de ser controlado –o número de infetados na China já supera os 20 mil e o de mortos foi a 425— os investidores estão confiantes de que as autoridades chinesas continuem com medidas de estímulo para contrariar os efeitos negativos do vírus na economia, e essa expectativa embala os ganhos.

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A agência de classificação de risco Moody’s afirmou que o governo chinês tem os meios financeiros para absorver o choque econômico. O banco central da Austrália sinalizou que o efeito econômico do vírus pode ser temporário.

Nesta segunda, cientistas falaram estar próximos de testar remédios para combater o vírus no dia em que inaugurou o hospital em Wuhan feito em 10 dias.

Petróleo tem alta à espera da Opep+

O preço do petróleo se recupera nesta terça (4), depois de ter recuado nos EUA, abaixo da marca de US$ 50. Em janeiro o petróleo Brent, referência mundial e da Petrobras, registrou uma perda mensal de pouco mais de 14% em janeiro, sua maior queda desde novembro de 2018, quando perdeu 22%. Enquanto que o petróleo WTI, negociado nos EUA, caiu quase 16% no mês, o pior desde maio.

Nesta terça (4), a Opep+, a Organização dos Países Produtores de Petróleo, mais outros países aliados, como a Rússia, se reúne de emergência para debater o impacto do coronavírus nos preços do petróleo. Há expectativa de anúncios de cortes na produção para puxar a cotação da “commodity”.

Podem ser cortados 500 mil barris/dia por conta do coronavírus estar reduzindo a demanda. Nos EUA, a maior refinaria já cortou a produção em 12% pelo mesmo motivo.

Eleição americana

No Iowa, o resultado das eleições primárias para escolher o adversário de Trump atrasaram devido a problemas técnicos. O mercado está de olho nessa votação, um dos estados mais importantes.

O mercado prefere Joe Biden e Michael Bloomberg, mas Bernies Sanders, mais à esquerda, liderou as últimas pesquisas de intenção de votos.

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Nesta terça, o presidente Trump faz o discurso anual sobre o Estado da Nação, às 21h (23h, no horário de Brasília), no Capitólio, onde decorre o seu processo de impeachment, que deve ser encerrado até amanhã. Ele deve aproveitar o evento para fazer um discurso otimista voltado para a reeleição em 3 de novembro.

Agenda do dia

Além de Trump, a agenda tem a divulgação da inflação medida pelo IPC-Fipe, a produção industrial de dezembro sai às 9h e encomendas à indústria dos EUA, às 12h. A indústria deve ter perdas pelo segundo mês. O consenso é de uma queda de 0,5%.

Começa nesta terça a reunião de dois dias do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) para definir a taxa básica de juros, a Selic.

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Com o receio do coronavírus na desaceleração econômica global, aumentam as apostas de corte de 0,25 ponto percentual na taxa, que deve cair para 4,25% nesta quarta (5).

Pelas 22h45 saem os dados do setor de serviços na China em janeiro.

*Com agências

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