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Imóveis

Pioneira de consórcios de imóveis quer ‘fisgar’ o investidor e acena com 300% do CDI

O Economia Bárbara entrevistou André Marini, diretor comercial da Ademilar, sobre os planos de expansão da empresa, que está de olho nos “rentistas” em meio ao cenário da Selic em patamar historicamente baixo

Bárbara Leite

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André Marini, diretor comercial da Ademilar: meta da empresa é chegar a 180 unidades em sete anos–Foto: Valterci Santos/Divulgação

A paranaense Ademilar, a primeira empresa do país a oferecer consórcio de imóveis, está expandindo seus negócios e, em meio ao novo cenário com a taxa básica de juros (Selic) historicamente baixa, quer “fisgar” o investidor e admite ser possível conseguir um retorno acima de 300% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), índice de referência de investimentos em renda fixa, com a modalidade.

“Queremos o investidor, aquele que quer formar um patrimônio. Temos a aposentadoria imobiliária, para quem não quer ficar dependente da aposentadoria estatal”, disse André Marini, diretor comercial da Ademilar Consórcio de Investimento Imobiliário, em entrevista ao Economia Bárbara.

O plano é que o investidor acumule imóveis e ganhe dinheiro com a locação, que está com rentabilidade de 0,4% a 0,5% ao mês. “A ideia é deixar o inquilino pagar as parcelas do consórcio”, disse Marini.

Também há opção de ganhar com a venda de cartas de crédito, que pode render ao investidor mais de 300% do CDI, segundo o diretor da Ademilar. “Você conhece algum investimento seguro que dê mais de 300% do CDI?”, indagou.

“Vou fazer uma conta básica. Você faz um consórcio de R$ 500 mil e pagará uma parcela R$ 2.003. Em 24 meses, você consegue a carta de crédito, tendo pago R$ 48 mil no período. Aí você opta por vender essa carta no mercado por, no mínimo, R$ 100 mil. Com isso, você ganha mais de 300% do CDI”, explicou.

Atualmente, o CDI está em 5,16% ao ano, seguindo de perto a Selic, que está em 5%.

Segundo ele, a “Ademilar criou uma forma para quem queira vender (a carta de crédito) tenha auxílio para encontrar aquele que quer comprar”.

Formação de patrimônio

O consórcio, diz, é a modalidade mais barata para financiar um imóvel, por não ter cobrança de juros. A empresa cobra taxas de administração de 0,1% ao mês. Na Caixa, por exemplo, que é líder do mercado de financiamento imobiliário e que tem os juros menores do mercado, são praticadas taxas de juros de 0,55% a 0,68% ao mês.

Leia também: Veja as 100 cidades mais buscadas para a compra de imóveis

Também na modalidade as taxas de administração são as mesmas independentemente do valor do crédito, destacou. Nos bancos tradicionais, os juros são maiores para montantes mais altos.

Além do custo do capital menor, Marini salienta que, no consórcio, o dinheiro é corrigido sobre a totalidade do crédito, e não apenas pelo valor das parcelas pagas, e pelo INCC –em 12 meses até novembro, o índice de inflação acumula alta de 4,12% acima dos 3,50% que está pagando a poupança, por exemplo. “O poder de compra está garantido”, afirmou.

Também ressaltou o “efeito segurança”, já que o imóvel é um bem físico e o investidor se sente mais confiante do que apenas ter o dinheiro aplicado.

Com o crédito, é possível formar um patrimônio, segundo Marini. “Não é verdade que o consorciado só seja contemplado no fim do prazo”, afirmou, citando grupos dentro da empresa com 300 consorciados que têm 12 contemplações por mês.

No consórcio, são formados grupos de pessoas que compram cartas de crédito. Quando a carta é contemplada, o que pode acontecer por sorteios mensais ou por meio de lances, o consorciado já pode comprar o bem. Além da aquisição imóveis residenciais, o dinheiro pode ser usado para a compra de unidades comerciais, construção, reforma, quitação de financiamentos imobiliário ou compra de imóveis no exterior.

Mais que dobrar de tamanho

A empresa quer pegar a onda dos juros baixos, que deixou os rentistas “na mão”, tendo que procurar outros investimentos além da poupança ou fundos de renda fixa para conseguir um retorno maior, e o crescimento econômico do país para crescer.

Fachada da sede da Ademilar–Foto: Eneas Gomez/Divulgação

A meta é mais que dobrar de tamanho em sete anos, passando das atuais 75 lojas, que são em regime de licenciamento, para 180 em sete anos. Somente em São Paulo, os planos são de saltar de 11 para 30 unidades no período.

Para crescer em todo o país e ganhar capilaridade, a empresa lançará a maior campanha publicitária de sua história, com investimento de R$ 15,8 milhões.

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