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#Conexão Portugal: pastel de nata ou pastel de Belém?

Quando se pensa em Portugal vem à lembrança aquele docinho de massa folhada crocante com recheio cremoso, o famoso pastel de Belém. Ou seria pastel de nata? Tire suas dúvidas e confira uma lista de padarias em Lisboa onde você pode apreciar o quitute

Bárbara Leite

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Ideal é comer o pastel de Natal ou de Belém quentinho polvilhado com açúcar e canela–Foto: Reprodução

Quando se pensa em Portugal vem à lembrança aquele docinho de massa folhada crocante com recheio cremoso, o famoso pastel de Belém. Ou seria pastel de nata?

Na verdade, o pastel de Belém é um tipo de pastel de nata, que é comercializado nas padarias (chamadas por lá de pastelarias) e cafeterias portuguesas.

O verdadeiro pastel de Belém é somente o que é vendido em uma cafeteria, a Antiga Confeitaria de Belém, agora conhecida como “Pastéis de Belém”, que fica situada na Rua de Belém entre os números 84 e 92, em Belém, um dos bairros de Lisboa, bem perto do famoso Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém.

Se você comer o docinho em qualquer outro lugar de Portugal, no Brasil ou Reino Unido, por exemplo, você estará degustando um pastel de nata.

A receita dos pastéis de nata e os de Belém é basicamente a mesma. No recheio, o trio típico da doceria portuguesa: açúcar, leite e gemas de ovos. Ainda é possível acrescentar um aromatizante, que pode ser baunilha ou raspas de limão, por exemplo.

Já a massa é bastante parecida com uma massa folhada, feita com farinha, manteiga (ou margarina), água e sal.

O pastel de Belém é quase sempre servido ainda quentinho e a sugestão é polvilhar o doce com açúcar e canela.

Receita secreta

Os únicos pastéis de Belém, que são vendidos na cafeteria conhecida como “Pastéis de Belém” no bairro de Belém em Lisboa–Foto: Divulgação

O pastel de Belém ganhou fama porque sua receita está envolta em mistério que lembra o famoso caso da Coca-Cola. Apenas seis pessoas conhecem a receita: os gerentes da empresa e os três mestres pasteleiros, que todos os dias preparam a massa e o creme na “sala do segredo”. Para garantir que ela não sai deste grupo restrito, os mestres assinam um contrato de sigilo profissional e são escolhidos entre os funcionários mais antigos. 

O seu fabrico começou em 1834, quando o Mosteiro dos Jerónimos pôs à venda uns pastéis doces, numa tentativa de sobrevivência dos trabalhadores, já que todos os conventos e mosteiros de Portugal foram encerrados em 1820. Tiveram sucesso e três anos depois começou o fabrico dos pastéis de Belém– a receita secreta mantém-se inalterada.

Além da visita aos “Pastéis de Belém”, que estão em uma seção à parte, várias padarias em Lisboa que fazem bons pastéis de nata, todos na faixa de 1 euro, também merecem sua visita.

Confira abaixo uma lista dos pastéis de nata preferidos da revista ‘Time Out Lisboa’:

Pastelaria Santo António

Castelo de São Jorge

No bairro do Castelo, está a padaria vencedora do concurso do melhor pastel de nata de Lisboa em 2019, promovido pelo festival gastronômico Peixe em Lisboa. A cozinha é envidraçada e dá para os turistas verem os chefes fazendo o quitute.

Manteigaria

Bairro Alto

No lugar um sino toca para avisar que saiu uma nova fornada de pastéis de nata. A fórmula do sucesso, segundo a revista, é a produção artesanal, a qualidade das matéria-primas usadas – ovos inteiros, manteiga de qualidade em vez de margarina; e o processo de abertura da massa folhada que ser todo feito à mão e requer vários meses de treino para ser bem feito.

Pastelaria Alcôa

Chiado

Também lá todo o sino para avisar dos pastéis quentinhos. Alcôa é um apelido da cidade de Alcobaça, de onde vêm muitos dos doces conventuais de Portugal, como as cornucópias, mimos de freira, pudins de São Bernardo, torrões reais, queijinhos do céu, coroas de abadessa, castanhas de ovos.

Pastelaria Aloma

Campo de Ourique

Já está já tem as portas abertas em Campo de Ourique há mais de 70 anos, mas os seus pastéis de nata ganharam aquela fama da boa quando ganharam o concurso de melhor pastel de nata do festival Peixe em Lisboa em 2012, 2013 e novamente em 2015.  Até foram citados pelo jornal americano “The New York Times” e pela CNN.

Fundação Calouste Gulbenkian

São Sebastião

A cafeteria do Museu Calouste Gulbenkian foi renovada com a chegada do chef Miguel Castro e Silva, e é ele que assina pastéis de nata

Confeitaria Nacional

Rossio

Foi a confeitaria que trouxe o bolo-rei para Portugal, uma receita que se mantém inalterada desde 1875 e continua a ser motivo de romaria por altura do Natal. Mas os pastéis de nata são o bolo mais vendido diariamente. 

Nata Lisboa

Rossio

O nome não deixa grande margem para dúvidas: Nata Lisboa é uma marca que aposta na venda dos pastéis de nata, que já se espalhou por outros lugares do mundo.

Balcão do Marquês

Avenida da Liberdade/Príncipe Real

O lugar fica perto do Marquês de Pombal e onde estão muitos escritórios. Por isso, não é de estranhar que esteja sempre cheio.

Fábrica da Nata

Santa Maria Maior

Localizada na Praça dos Restauradores (há também uma outra casa na Rua Augusta), a fábrica fica logo na entrada da padaria e é envidraçada, por isso pode até ficar do lado de fora e assistir a todo o processo de confecção dos pastéis de nata.

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