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Maior leilão de rodovias do país recebe ofertas da Pátria e Ecorodovias; CCR fica de fora

Propostas para o corredor rodoviário Piracicaba-Panorama (ou “Pipa”, como ficou conhecido) em SP foram entregues nesta quarta-feira (8) na B3; abertura oficial das ofertas deve acontecer na hora do almoço; Arteris, uma das favoritas, também não participou; operação é termômetro para apetite dos investidores por concessões

Bárbara Leite

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Leilão do maior ativo de rodovias do país prevê investimentos de 14 bilhões de reais em 30 anos-Foto:

O fundo de private equity Pátria e a Ecorodovias (ECOR3) entregaram, nesta quarta-feira (8) propostas para o leilão do corredor rodoviário Piracicaba-Panorama (ou “Pipa”, como ficou conhecido), que deverá ser a maior concessão do setor já firmada no país, segundo fontes presentes no leilão. A abertura oficial das propostas acontecerá por volta das 12 horas, na B3, Bolsa de Valores brasileira. A licitação estava prevista começar às 9h.

Nomes de peso ficaram de fora do certame. A CCR (CCRO3) e a própria Arteris, que atualmente opera parte do trecho a ser leiloado, não entregaram envelopes com ofertas. A Arteris era considerada a favorita por alguns analistas.

O leilão, o primeiro ativo a ser concedido no mandato do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é visto como um termômetro para o apetite dos investidores nos ativos estatais.

O contrato de 30 anos prevê R$ 14 bilhões de investimentos em obras nos 1.273 quilômetros de extensão das vias. A tarifa-base de pedágio será cobrada dos usuários por quilometragem percorrida, foi definida em R$ 14,91 (a cada 100 km), para os trechos duplicados, e em R$ 10,65 (também a cada 100 km), para trechos simples. Usuários frequentes poderão ter descontos.

“[O lote] É basicamente um conjunto de ‘sobras’ de rodovias que não seriam atraentes se leiloadas sozinhas, mas que foram colocadas em lote com trechos interessantes ao mercado, uma forma de fazer subsídio cruzado entre elas. A margem de rentabilidade, porém, tende a ser pequena. O desafio será explorar as sinergias com vias que as empresas já operam na região”, afirmou ao “Valor Econômico” o advogado Luis Eduardo Serra Netto, sócio do Duarte Garcia, Serra Netto e Terra.

Um dos aspectos da modelagem que garantiu a atratividade, diz ele, foi o valor quase simbólico da outorga fixa, definida em R$ 15 milhões. O vencedor será aquele que oferecer o maior ágio em cima desse montante. Desde que a concessão foi anunciada, o governo paulista afirma que seu objetivo era privilegiar os investimentos, reduzindo ao máximo a ou outorga paga ao governo.

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