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Ex-presidente do Bradesco, Lázaro Brandão morre aos 93 anos

Atuou por mais de sete décadas no banco que ajudou a consolidar; banqueiro estava internado se recuperando de uma cirurgia

Redação

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Lázaro Brandão foi de escriturário a presidente do Bradesco–Foto: Divulgação

Morreu nesta quarta-feira (16), aos 93 anos, Lázaro de Mello Brandão, ex-presidente do conselho de administração do banco Bradesco.

Brandão estava internado no Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo, recuperando-se de uma cirurgia de diverticulite.

Ele deixou a presidência do conselho no final de 2017, apenas aos 91 anos, quando Luiz Carlos Trabuco Cappi assumiu o posto, mas ainda atuava como presidente das empresas controladoras do Bradesco, instituição financeira na qual atuou por quase toda a vida —ficou no banco por 76 anos.

Considerado um dos banqueiros mais poderosos da América Latina, foi o mais longevo do ramo no Brasil, sucedeu o fundador do Bradesco, Amador Aguiar.

“Homem de visão de futuro e inesgotável capacidade de trabalho, foi uma personalidade marcante, que influenciou a todos que com ele conviveram. Será sempre lembrado pelo talento, honradez e capacidade empreendedora”, afirmou o Bradesco, em comunicado.

Em nota, o  presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, lamentou a morte de Brandão. 

“O banqueiro Lázaro Brandão foi um dos pilares na construção de uma organização contemporânea e à frente do seu tempo. Pensava em tecnologia e clientes muito antes, e, construiu uma das culturas mais sólidas de um grupo corporativo no Brasil. A ele, em nome da família Santander, deixo nosso agradecimento por ter liderado a indústria durante muito tempo e deixado um legado de valor inestimável”, diz Rial.

De escriturário a presidente

‘Seu Brandão’, como era tratado nos corredores do Bradesco, começou a trabalhar em 1942, aos 16 anos, na cidade de Marília, como escriturário na fundação da Casa bancária Almeida & Cia, que deu origem, em 1943, ao Banco Brasileiro de Descontos S.A, o Bradesco.

Em 1945, Lázaro mudou-se para a capital do Estado, no centro bancário. Em 1953, passou a ficar na atual sede administrativa, em Osasco, na Cidade de Deus.

Ele foi presidente da diretoria entre janeiro de 1981 e março de 1999 e assumiu a presidência do conselho de administração em fevereiro de 1990. 

Economista, o executivo era considerado simples e criativo e conhecido por dedicar jornadas de 12 horas diárias iniciadas antes da 7h ao longo de seis décadas, incluindo muitos sábados.

Brandão deixou mulher, duas filhas e um neto. Será velado e cremado a partir das 13h30 no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo.

*Com agências

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