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Empresa de games é o 12º unicórnio brasileiro: veja lista e quem é a startup

Fundada por dois irmãos com investimento inicial de apenas US$ 100, companhia recebeu uma rodada de US$ 60 milhões nesta semana

Bárbara Leite

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Tennis Clash, que registra mais de 300 mil downloads por dia, é um dos jogos do grupo brasileiro Wildlife–Foto: Reprodução

Criada pelos irmãos Victor, 33 anos, e Arthur Lazarte, 35, com investimento total de apenas US$ 100, a empresa de jogos para celular e tablet Wildlife Studios virou, nesta semana, o 12º unicórnio, nome dado a startups (jovem empresa independente de tecnologia) avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais, no Brasil.

A empresa brasileira foi avaliada em US$ 1,3 bilhão após receber um investimento de US$ 60 milhões liderado pelo fundo americano Benchmark Capital.

Leia também: Eike Batista vai criar 10 unicórnios: saiba o que são e por que você também vai querer ter um

Além do Benchmark, participaram da rodada também outros cinco investidores: Javier Olivan, executivo do Facebook; Ric Elias, co-founder e CEO (presidente executivo) da Red Ventures, Micky Malka, sócio da Ribbit Capital; Divesh Makan, sócio do ICONIQ Capital; e Hugo Barra, VP de VR do Facebook, amigo e mentor de longa data da companhia.

Antes da rodada atual, a companhia contava com apenas um investidor externo, a Bessemer Venture Partners, investidora do LinkedIn, Skype, Twitch, Yelp, Pinterest e Shopify.

De casa dos pais para seis escritórios:

A Wildlife nasceu em 2011, na casa dos pais dos empreendedores, em São Paulo. Em oito anos, eles lançaram 70 jogos, que podem ser baixados de graça. O modelo de negócio é baseado na venda de itens dentro desses jogos.

O Sniper 3D, que foi o 7º jogo mais baixado no mundo em 2018, e o Tennis Clash, lançado em 2019, são dois dos games do grupo. Segundo a empresa, o Tennis Clash já registra mais de 300 mil downloads por dia e é atualmente top 10 em mais de 100 países, estando no topo do ranking em mais de 40.

A Wildlife deve atingir até o final de 2019 a marca de mais de 2 bilhões de downloads. A companhia cresceu, em média, 80% ao ano nos últimos seis anos.

Os jogos para dispositivos móveis como smartphones e tablets já respondem por mais de 50% de toda a indústria de vídeo games, movimentando quase US$ 70 bilhões por ano e crescendo 26% ao ano.

Contratação de novos talentos

Com o aporte, a companhia tem planos de acelerar as contratações de talentos, investir em melhorar a qualidade dos jogos além de auxiliar outros desenvolvedores a levar seus jogos para mercado.

Atualmente, a companhia soma cerca de 500 funcionários, distribuídos em seis escritórios: São Paulo (Brasil), Buenos Aires, na Argentina, Dublin, na Irlanda, e, nas cidades de São Francisco, Orange County e Palo Alto, nos EUA.

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“Queremos que a Wildlife seja a empresa onde os melhores talentos vêm e fazem o melhor trabalho das suas vidas, desenvolvendo e distribuindo jogos que marcarão uma geração de jogadores”, diz o co-fundador da Wildlife, Arthur Lazarte.

Formados em engenharia pela USP, Arthur e Victor têm duplo diploma pela École Polytechnique e École Centrale de Paris, respectivamente. Antes de empreender, Arthur trabalhou no Boston Consulting Group e Victor no JP Morgan, em Londres.

Confira o que fazem os restantes 11 unicórnios brasileiros:

99: Tornou-se o primeiro unicórnio brasileiro ao ser comprada, em janeiro de 2018, pela chinesa Didi Chuxing . O aplicativo de transporte, concorrente do Uber, oferece diversas categorias de serviço e está presente em mais de mil cidades.  

PagSeguro: A empresa de maquininhas de cartão PagSeguro nasceu em 2006, dentro do UOL, que por sua vez, pertence ao grupo Folha.

Nubank: Foi o terceiro unicórnio no Brasil. A fintech (empresas que desenvolvem produtos financeiros completamente digitais) atua na área de serviços financeiros. Oferece cartão de crédito sem tarifas e atendimento desburocratizado, totalmente via aplicativo.

iFood: A empresa é um marketplace (uma espécie de shopping center virtual) de entrega de comidas.  

Arco educação: A companhia oferece um sistema educacional presente em 1. 400 escolas brasileiras com fortes componentes de ensino a distância, como videoaulas e livros digitais. O material didático digital sai até 40% mais barato que o físico.

Stone Pagamentos: Como o PagSeguro, a Stone é uma empresa de processamento de cartões de crédito e débito.

Gympass: A partir de uma mensalidade ou de pagamento de diárias, o Gympass dá acesso a diversas academias – dessa forma a pessoa pode se exercitar onde quiser sem ter que se matricular em dois lugares. Já são 19 mil academias cadastradas em 15 países.

Movile: A empresa tem mais de 20 startups no seu portfólio, incluindo o outro unicórnio, o iFood. Também estão na lista das companhias do grupo, o PlayKids, aplicativo de streaming de vídeos e conteúdos para crianças, e o Sympla, plataforma digital de gestão de eventos e de venda de ingressos.

Loggi: O mais novo unicórnio atua de entregas, com 25 mil entregadores espalhados pelo país. Seu forte são envios de documentos e comércio eletrônico. A Loggi não é concorrente da paulistana iFood ou da colombiana Rappi, mas parceira de ambas, que usam a rede de colaboradores para atender suas clientelas. 

Quinto Andar: Imobiliária virtual voltada para aluguel de imóveis, conectando locadores e locatários sem necessidade de fiador ou caução.

Ebanx: Fintech, com sede em Curitiba, oferece soluções de pagamentos que auxiliam grandes empresas como AliExpress, Airbnb e Spotify a vender no Brasil.

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