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Em três dias, B3 tem três pedidos de IPO; outros 12 estão na fila: veja quais

Na reta final do ano, registros para listar ações na Bolsa aceleram, sinalizando que 2020 será um ano mais animado para o mercado de capitais nacional

Bárbara Leite

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Em 2019, a B3 teve 5 IPO's, entre eles, o da "queridinha" do mercado, a Vivara–Foto: Divulgação

O ano de 2020 já começa animado para a B3, Bolsa de Valores brasileira. Entre a última sexta (6) e esta terça (10), três empresas–duas construtoras (a paulistana Mitre e a recifense Moura Dubeux) e a empresa de hospedagem de sites e serviços de internet Locaweb– pediram o registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para listar suas ações no mercado de capitais nacional, no chamado IPO (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês).

Neste ano, até ao momento foram realizados apenas cinco IPO’s: o da varejista de material esportivo Centauro (CNTO3), o da empresa distribuidora Neonergia (NEON3), e o da empresa de joias Vivara (VIVA3), o da varejista de moda C&A (CEAB3) e o do Banco BMG (BMGB11).

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A retomada do crescimento econômico brasileiro neste fim de ano, em meio à queda da taxa de juros e ao aumento da confiança dos empresários e queda do desemprego, após a aprovação da reforma da Previdência, está animando as empresas a expandirem seus negócios e recorrendo ao mercado de capitais para se financiarem.

Neste ano, apesar do número reduzido de IPO’s, várias empresas realizaram ofertas para captar recursos e, segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o volume de ofertas de janeiro a novembro foi recorde, com R$ 440,8 bilhões, superando a série histórica da associação, que começou em 2002. O montante representa uma alta de 60,6% na comparação ao mesmo período de 2018.

No período, entre IPO’s e follow-ons (emissão de novas ações para quem já está na Bolsa) foram 36, contra seis em 2018. 

Mitre e Moura Dubeux

Duas construtoras e incorporadoras relativamente desconhecidas no panorama nacional pediram o registro de seus IPO’s nos últimos dias. Na sexta (6) foi a paulistana Mitre, que quer recursos para comprar terrenos e pagar custos de construção e demais despesas operacionais.

No prospecto enviado à CVM, a empresa afirma ser detentora de um dos maiores níveis de rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) no setor. De janeiro a setembro, a construtora teve receita líquida de R$ 190 milhões, 66% maior do que na mesma etapa do ano passado.

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A Moura Dubeux Engenharia, com sede em Recife (PE), foi a outra empresa do setor de construção civil que pediu para ter ações na B3. O registro aconteceu nesta terça (10). Segundo o site da companhia, ela atua há mais de 30 anos no Nordeste, presente no momento em Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará.

O setor de construção é um dos que mais aqueceram em 2019. Várias companhias imobiliárias realizaram novas ofertas de ações, como a Helbor, Eztec, Cyrela Commercial Properties, braço de imóveis corporativos da Cyrela (CYRE3), e a Trisul (TRIS3).

Locaweb

A empresa de hospedagem de sites e serviços de internet Locaweb registrou seu pedido nesta segunda (9) e sua oferta terá uma oferta primária (dinheiro que entra para o caixa da empresa) e uma secundária, quando um grupo de acionistas vende parte de suas ações. Neste caso, os vendedores são o fundo Silver Lake e acionistas individuais da família controladora.

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Em nove meses, a companhia soma receita operacional bruta de R$ 315 milhões, ante R$ 262 milhões no mesmo período do ano passado. A margem Ebitda é de 28%, com lucro líquido ajustado de R$ 17,8 milhões no acumulado do ano.

Veja lista das empresas que podem ir para a Bolsa em 2020

Além destas três empresas, a Iguá Saneamento também entrou com pedido para listar suas ações no mercado de capitais do Brasil em 2019, no dia 23 de agosto, mas até agora a operação ainda não aconteceu, o que pode ocorrer em 2020.

Com a empresa de saneamento básico, são 12 as companhias esperadas para abrir capital no ano que vem. São elas:

  • Iguá Saneamento
  • Caixa Seguridade
  • Caixa Cartões
  • Caixa Asset
  • Incorporadora Kallas
  • Banco Votorantim
  • Rede D’or
  • Madero
  • Banco BS2( ex-Bonsucesso)
  • Tok&Stok
  • Vasta Educação, empresa de educação básica da Cogna (ex-Kroton)
  • MadeiraMadeira

Eduardo Guimarães, analista de ações da Levante Investimentos, recomenda “que os investidores sejam bastante seletivos ao investir nos IPO’s, pois as empresas ainda precisam comprovar o seu desempenho e constituir um histórico de comunicação com o mercado”.

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