Agentes da Polícia Federal cumpriram nesta quinta-feira (8) mandado de prisão de Eike Batista. É a segunda vez que o empresário, dono da EBX, é preso.
A ação é parte da Operação Segredo de Midas, deflagrada nesta manhã, como desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. A nova fase busca provas de manipulação do mercado de ações e de lavagem de dinheiro.
O pedido de prisão foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal.
Condenado a 30 anos por corrupção ativa e lavagem de dinheiro, o empresário foi preso em janeiro de 2017. Três meses depois, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que Eike cumprisse a pena em casa.
Eike, que já foi considerado o sétimo mais rico do mundo pela revista Forbes (em 2012), estava em casa, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
A defesa de Eike Batista informou, em nota, que apresentará recurso.
“Certamente essa nova ordem de prisão, assim como a anterior, carece de amparo legal”, afirma
A operação foi motivada a partir do desenrolar das investigações das operações Calicute, Eficiência e Hashtag, além das delações seis pessoas, entre elas, do empresário Eduardo Plass.
Em seu depoimento, o colaborador Plass assinalou que os sócios do banco TAG BANK constituíram a empresa The Adviser Investments (TAI) para gerir os recursos deles no exterior: “contudo, posteriormente passaram utilizar a TAI para operações financeiras ilícitas”, explicou Plass na delação.
Além de Eike, Luiz Arthur Andrade Correia, o Zartha, diretor de investimentos do grupo EBX, também teve mandado de prisão expedido. Ele está no exterior.
Há ainda mais quatro mandados de busca e apreensão.
*Com G1