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Ações da Oi despencam 13,7% após notícia de iminente intervenção; Anatel nega

Possibilidade da reguladora intervir na operadora de telecomunicações assustou investidores; em nota, agência diz que solução de mercado é preferência

Bárbara Leite

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Oi está em recuperação judicial desde 2016 em meio a dívidas de R$ 65 bilhões-Foto: Reprodução

As ações da Oi despencaram na Bolsa brasileira nesta sexta-feira (16), ainda pressionadas pelo fraco desempenho operacional da companhia no segundo trimestre, e com a notícia, entretanto negada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), de uma intervenção federal na empresa se não houver melhora nos números nos próximos meses.

Os papéis ordinários da Oi, que está em processo de recuperação judicial desde 2016, fecharam com um tombo de 8,40%, enquanto os preferenciais recuaram 13,7%.

Na véspera, as ações fecharam com tombos respectivos de 17,93% e 10,98%, após a operadora apresentar prejuízo maior do que o esperado no segundo trimestre. A companhia também disse na quinta-feira (15) que está avaliando a possibilidade de ampliar investimentos neste ano para até R$ 7,5 bilhões.

A Anatel negou a possibilidade uma iminente decretação de intervenção na empresa de telecomunicações ou de cancelamento de concessões de telefonia fixa do grupo, após “O Estado de S. Paulo” noticiar que a reguladora estava avaliando essa possibilidade, após duas reuniões internas para tratar do assunto.

Em nota, a agência afirmou que uma solução de mercado definitiva é o cenário preferencial para a evolução positiva da situação do grupo.

“Soluções de outra natureza são excepcionais…Dependem não apenas do atendimento das hipóteses previstas em lei, mas também de se mostrarem, ante a análise de conveniência e oportunidade, instrumentos hábeis a alcançar posição mais segura e favorável ao interesse público”, afirmou a Anatel.

A Oi teve prejuízo no segundo trimestre de R$ 1,559 bilhão, em comparação a um resultado negativo de R$ 1,258 bilhão no mesmo período do ano anterior. Dentre 306 empresas de capital aberto cotadas na B3, a Bolsa de Valores brasileira, a operadora teve o pior resultado trimestral, segundo levantamento da consultoria Economatica.

A empresa entrou com pedido de recuperação judicial em 2016 para reestruturar cerca de R$ 65 bilhões em dívidas.

A clientes, os analistas do Bradesco BBI afirmaram estar preocupados com a decisão da Oi de acelerar o seu plano de investimento, apesar de ter tido ” uma queima de R$ 2 bilhões do caixa no segundo trimestre”.

*Com agências

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