Depois de um julho fraco, os dados de agosto do emprego formal vieram melhores que o esperado. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério de Economia, nesta quarta-feira (25), o país abriu 121.387 vagas formais em agosto, no quinto mês consecutivo de geração de empregos e bem acima do projetado pelo mercado: analistas ouvidos pelo Broadcast/Estadão previam abertura de 98.881 postos. O intervalo das apostas era de 29.000 a 129.940 postos de trabalho.
Com isso, o emprego com carteira registrou o melhor agosto desde 2013. Em julho, a economia havia gerado 43.820 vagas, pior volume do que o registrado em junho (48,3 mil).
No acumulado de 2019, foram criados 593.467 novos postos, alta anual de 1,55%. Nos últimos 12 meses são 530.396 empregos, uma variação de 1,38%.
Serviços puxam contratações
O resultado do mês foi puxado pelas contratações do setor de serviços, que somaram 61.730 postos de trabalho. Se destacaram as vagas ligadas ao ensino e ao setor imobiliário.
Em seguida aparecem comércio, com 23.626 empregos formais, indústria, com 19.517 novos empregos, e a construção civil, que criou 17.306 vagas com carteira. Bem abaixo desses volumes está o setor de administração pública, que abriu 1.391 novos postos.
Na contramão, a agropecuária fechou 3.341 empregos e os serviços públicos, 77.
“Na condição de indicador antecedente, o Caged sinaliza a recuperação gradativa do emprego e do crescimento econômico, após um primeiro semestre repleto de desafios. Na nossa perspectiva, a construção civil é o melhor exemplo da consistência da retomada, com cinco meses consecutivos de saldos positivos de emprego”, segundo o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, em nota.
Todas as cinco regiões apresentaram saldo de emprego positivo em agosto: Sudeste (51.382 postos, com variação positiva de 0,25%); Nordeste (34.697, 0,55%); Sul (13.267, 0,18%); Centro-Oeste (11.431, 0,35%) e Norte (10.610, 0,59%).
Dos 27 Estados, 25 tiveram saldo positivo. Os maiores saldos foram registrados em São Paulo (33.298 postos, 0,27% de variação positiva), Rio de Janeiro (11.810, 0,36%) e Pernambuco (10.431, 0,85%), diz o ministério.