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Bolsonaro tuíta: CPMF está fora da reforma por ‘ordem do presidente’

Presidente publicou ainda que a demissão de Marcos Cintra, secretário da Receita Federal, foi um pedido seu

Bárbara Leite

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Em agosto, Bolsonaro chegou a admitir que poderia conversar sobre a volta do imposto do cheque–Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro foi ao Twitter, na tarde desta quarta-feira (11), comentar a demissão de Marcos Cintra dizendo que o ministro Paulo Guedes desligou o secretário da Receita Federal a pedido seu e que a recriação da CPMF está fora da reforma tributária “por determinação do presidente”.

“TENTATIVA DE RECRIAR CPMF DERRUBA CHEFE DA RECEITA. Paulo Guedes exonerou, a pedido, o chefe da Receita Federal por divergências no projeto da reforma tributária. A recriação da CPMF ou aumento da carga tributária estão fora da reforma tributária por determinação do Presidente”, diz a publicação na conta pessoal de Bolsonaro.

O presidente, que sempre disse ser contrário à volta da CPMF, tributo que incidia sobre movimentações financeiras, afirmou, em meados de agosto, que estaria “disposto a conversar” com Guedes sobre o tributo.

“Vou ouvir a opinião dele (Guedes). Se desburocratizar muita coisa, diminuir esse cipoal de impostos, uma burocracia enorme, eu estou disposto a conversar”, afirmou, antes de negar que pretendesse recriar a contribuição.

Nesta terça, um adjunto de Cintra, Marcelo de Sousa Silva, em seminário em Brasília detalhou a proposta da reforma tributária que o governo prepara para apresentar no Congresso, e falou que a ideia era criar um imposto nos moldes da antiga CPMF, com alíquotas de 0,4% para saques e depósitos e de 0,2% sobre pagamentos em cartões de débito e crédito. O anúncio foi mal recebido pelo Congresso.

Cintra é um histórico defensor de um imposto único, na forma de um tributo sobre movimentações financeiras. A medida, porém, enfrenta resistência dentro do próprio governo e entre especialistas.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), veio a público afirmar nesta quarta, antes da exoneração, que a medida terá dificuldade em passar pela Casa e que a reação dos deputados à iniciativa foi “contundente”.

A ideia da volta do imposto seria para bancar a desoneração gradual da folha de pagamento às empresas, em uma medida para ajudar na criação de empregos.

O governo aposta na aprovação da reforma tributária para estimular os negócios e a retomada da economia.

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