O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira (19) que a resposta da Casa à criação de um imposto sobre transações financeiras digitais “será não”.
O novo imposto, que é chamado nas redes sociais de “CPMF digital”, foi equacionado nesta quarta-feira (18) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como uma forma de conseguir bancar a desoneração da folha de pagamentos às empresas, que ele voltou a considerar ser “o mais cruel e perverso de todos os impostos, após a negativa de Jair Bolsonaro à volta do antigo imposto do cheque, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)
“A resposta da Câmara vai ser não, [para] imposto sobre movimentação financeira com o nome que você queira dar. Você pode dar o nome que você quiser”, afirmou Maia durante café da manhã com jornalistas na residência oficial da Câmara dos Deputados.
Confrontado sobre uma declaração de Guedes, que disse haver espaço para negociação sobre a matéria no Congresso, Maia foi taxativo.
“Estamos convencidos de que não. Eu disse para ele [Guedes] na reunião ontem (quarta) que não tem espaço para isso”, disse.
Apesar de ter admitido que a CPMF “virou um maldito imposto”, Guedes disse que estudava a criação de um novo sobre operações financeiras pelo celular.
“Você nem vai passar mais em banco, [vai] transferir dinheiro pelo celular. Como vai tributar essa transação? Essa transação digital? Você precisa de um imposto. Tem que ter um imposto para transação digital”, disse Guedes, na véspera, na coletiva de imprensa para divulgar balanço de um ano de sua pasta.
*Com G1