O varejo nacional deve perder R$ 11,8 bilhões em 2020 por causa de feriados e pontes, segundo estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Esse montante é 53% maior do que os R$ 7,6 bilhões estimados para 2019. O “prejuízo” será maior pelo fato do ano que vem de ter mais feriados aos fins de semana e pontes de emendas. Neste ano, foram sete dias de feriados; em 2020, serão 11.
No ano que vem serão nove feriados prolongados, contra cinco em 2019. São eles: Carnaval (24 de fevereiro, segunda-feira), Paixão de Cristo (10 de abril, sexta-feira), Tiradentes (21 de abril, terça-feira), Dia do Trabalho (1º de maio, sexta-feira), Corpus Christi (11 de junho, quinta-feira), Independência do Brasil (7 de setembro, segunda-feira), Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro, segunda-feira), Finados (2 de novembro, segunda-feira) e Natal (25 de dezembro, sexta-feira).
O setor classificado no estudo como “outras atividades”, onde estão o comércio de combustíveis, de joias e relógios, artigos de papelaria, é o que deve contabilizar a maior perda, em torno de R$ 4,48 bilhões, alta de 47% em relação a 2019.
Já as atividades de supermercados e farmácias devem perder R$ 3,2 bilhões e R$ 1,87 bilhão, respectivamente, aumentos de 58% e 59% na comparação a 2019.
Os demais segmentos que devem deixar de faturar com os feriados e pontes são: vestuário, tecidos e calçados (-46%), com R$ 1,1 bilhão; e móveis e decoração (-61%), com montante atingido de R$ 1 bilhão.
No estudo, a FecomercioSP desconsiderou os feriados estaduais e municipais.
Os R$ 11,8 bilhões representam 0,6% de tudo o que o setor fatura em um ano (ou aproximadamente dois dias de comércio completamente fechado).
“Com a economia mostrando sinais de recuperação, a tendência é de haver mais vendas em 2020. A discussão de perdas em razão dos feriados vai ficando para trás”, diz a federação, em nota.
Apesar de prejudicar o varejo, outro setores como os ligados ao turismo, saem favorecidos com os fins de semana prolongados.