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Eike Batista vai criar 10 unicórnios: saiba o que são e por que você também vai querer ter um

No Brasil, nove empresas alcançaram o mítico status; entenda o termo e quem faz história no país

Bárbara Leite

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Talvez você nunca tem ouvido falar, mas se gosta do tema empreendedorismo o termo já é um velho conhecido. O Brasil tem nove e uma vasta lista de novos candidatos. O ex-bilionário Eike Batista, que, em 2012, chegou a ser o sétimo homem mais rico do mundo, segundo a revista americana “Forbes, disse, semana passada, que está criando dez. Mas afinal o que é que o unicórnio tem a ver com mundo econômico?

O que é um unicórnio? #ABabiResponde!

O conceito, criado em 2013, por Aileen Lee, investidora em capital de risco e fundadora da Cowboy Ventures, é o nome dado a startups (jovem empresa independente de tecnologia) avaliadas em US$ 1 bilhão (R$ 3,74 bilhões) ou mais. Por atingirem essa cifra mítica antes de se tornarem empresas de capital aberto (negociadas na Bolsa), elas são comparadas aos cavalos encantados.

Em fevereiro, um levantamento da Distrito Fintech com a KPMG apontou que o Brasil contava com seis empresas unicórnios: 99, Nubank, iFood, PagSeguro, Stone Pagamentos e Arco Educação. Com a Movile, dona da iFood e de outras 19 startups, eram sete. Hoje já são nove: entretanto, subiram de status, a Gympass e a Loggi; até março, no mundo, eram 326, dos quais 156 estavam nos EUA e 94 na China.

De acordo com o estudo da Distrito e KPMG, os seis primeiros unicórnios brasileiros têm fundadores com idade média de 29,4 anos no momento da criação da empresa e de 36,1 anos quando viraram unicórnios. 

O mais novo, João Thayro, tinha 25 anos quando fundou o Gympass e 32 quando atingiu o valor bilionário. Paulo Veras, da 99, e Patrick Sigrist, do iFood, figuram como os mais velhos, ambos tinham 40 anos quando fundaram seus futuros unicórnios.

O ex-bilionário Eike Batista no evento Empreende Brazil Conference afirmou que já está criando 10 unicórnios nas áreas de mineração e de tecnologia, mas não deu mais detalhes. Em 2012, Eike aparecia no ranking da revista “Forbes” como o 7º homem mais rico do mundo, com uma fortuna avaliada em US$ 30 bilhões. Boa parte da sua fortuna estava em ações da suas seis companhias listadas em Bolsa, sendo que todas estavam em estágios pré-operacionais e ainda não apresentavam lucro. Eike deixou o clube dos bilionários em 2013 e permanece fora da lista dos 500 mais ricos do mundo desde então.

Fora as eventuais empresas de Eike, a lista atual de novas candidatas brasileiras a unicórnio é grande, como Quinto Andar, Dr Consulta, Grow, Creditas, VivaReal, Neoway, Contabilizei, Conta Azul e MaxMilhas, entre outras, em um universo de 12,8 mil startups.

Segundo a Associação Brasileira de Startups, o número de unicórnios no Brasil deve subir com a Medida Provisória da liberdade econômica, apelidada de “MP das startups”, que foi aprovada em comissão mista antes do recesso parlamentar, e que prevê incentivos a jovens empresas, como dispensa de alvará na fase inicial. 

O que elas têm em comum?

Essas empresas identificaram as “dores” da sociedade (problemas a ser resolvidos) e encontraram a solução.

No caso do Nubank, a dificuldade para abrir uma conta e fazer serviços bancários se tornou uma oportunidade. Já a Arco surgiu como uma solução para a baixa escolaridade e baixa qualidade de ensino no Brasil. A 99 vem como resposta ao sistema de transporte caro, congestionado e perigoso e a Stone para dar mais ferramentas para pequenos negócios puderem crescer, por exemplo.

As 9 ‘lendas’ brasileiras

99: Tornou-se o primeiro unicórnio brasileiro ao ser comprada, em janeiro de 2018, pela chinesa Didi Chuxing . O aplicativo de transporte, concorrente do Uber, oferece diversas categorias de serviço e está presente em mais de mil cidades.  

PagSeguro: A empresa de máquininhas de cartão PagSeguro nasceu em 2006, dentro do UOL, que por sua vez, pertence ao grupo Folha.

Nubank: Foi o terceiro unicórnio no Brasil. A fintech (empresas que desenvolvem produtos financeiros completamente digitais) atua na área de serviços financeiros. Oferece cartão de crédito sem tarifas e atendimento desburocratizado, totalmente via aplicativo.

iFood: A empresa é um marketplace (uma espécie de shopping center virtual) de entrega de comidas.  

Arco educação: A companhia oferece um sistema educacional presente em 1. 400 escolas brasileiras com fortes componentes de ensino a distância, como videoaulas e livros digitais. O material didático digital sai até 40% mais barato que o físico.

Stone Pagamentos: Como o PagSeguro, a Stone é uma empresa de processamento de cartões de crédito e débito.

Gympass: A partir de uma mensalidade ou de pagamento de diárias, o Gympass dá acesso a diversas academias – dessa forma a pessoa pode se exercitar onde quiser sem ter que se matricular em dois lugares. Já são 19 mil academias cadastradas em 15 países.

Movile: A empresa tem mais de 20 startups no seu portfólio, incluindo o outro unicórnio, o iFood. Também estão na lista das companhias do grupo, o PlayKids, aplicativo de streaming de vídeos e conteúdos para crianças, e o Sympla, plataforma digital de gestão de eventos e de venda de ingressos.

Loggi: O mais novo unicórnio atua de entregas, com 25 mil entregadores espalhados pelo país. Seu forte são envios de documentos e comércio eletrônico. A Loggi não é concorrente da paulistana iFood ou da colombiana Rappi, mas parceira de ambas, que usam a rede de colaboradores para atender suas clientelas. 

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