A Oi (OIBR3; OIBR4), que está em recuperação judicial desde 2016 e vem perdendo mercado, pode ter suas operações fatiadas para serem distribuídas entre as três rivais: Vivo, Claro e TIM.
A distribuição aconteceria com o aval da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e em 2020, quando a empresa ficaria sem caixa, caso não levante novos recursos até lá. Com isso, cada uma das empresa ficaria com uma parte da operadora: telefonia fixa, móvel e infraestrutura. As informações são da Coluna Broadcast, do jornal “O Estado de S. Paulo”.
Nem a Oi ou a Anatel comentaram as informações.
Na semana passada, notícia dava conta de que as chinesas Huawei e a China Mobile se uniriam para comprar a Oi. Entretanto, a fornecedora de equipamentos 5G Huawei negou interesse.
Também há indicação de que a espanhola Telefónica, dona da Telefônica Brasil, que detém a Vivo, estaria interessada em comprar a Oi.
A Oi, que tem a maior rede instalada de telefonia fixa do país e 16,4% de participação no mercado de telefonia móvel-a quarta maior do país, atrás da líder Vivo, com 32,3%, da TIM e da Claro-, pediu recuperação judicial em 2016, com uma dívida de R$ 64 bilhões.
Mês a mês, a empresa vem perdendo espaço em alguns dos principais mercados em que atua.
No mês passado, a Anatel descartou a possibilidade de intervenção na Oi e destacou, por meio de nota, que “uma solução de mercado definitiva é o cenário preferencial para a evolução positiva da situação do grupo”.
A empresa, entretanto, ficou mais atrativa, após a aprovação há duas semanas no Congresso do novo marco regulatório do setor de telecomunicações, o PLC79, que vai gerar menos custos para a operadora com a manutenção da telefonia fixa, em especial, a operação pouco rentável dos orelhões.