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Dólar dispara quase 1% com temor de guerra entre EUA e Irã

Moeda americana era negociada em R$ 4,063 na abertura dos negócios nesta sexta (3), com receios de que a morte do principal comandante militar iraniano em ataque ordenado por Trump possa gerar um conflito armado entre os dois países

Bárbara Leite

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Em 2019, moeda americana subiu 3,5% com receios de agravamento da guerra comercial entre EUA e Chinaa-Foto: Pixabay

O dólar comercial ante o real disparou quase 1% na abertura dos negócios nesta sexta-feira (3), com o temor de que a morte do principal comandante militar iraniano a mando do presidente americano, Donald Trump, e consequente ameaça de vingança de Teerã possa levar a uma guerra entre EUA e Irã. Pelas 9h15, a moeda americana era negociada nos R$ 4,063, uma alta de 0,92% ante o pregão anterior.

Em momentos de incerteza, os investidores “correm” para comprar dólar, considerado um ativo mais seguro.

Nesta quinta (2), no primeiro pregão do ano, o dólar já havia subido 0,32% para R$ 4,026, com os dados mais fracos da balança comercial brasileira de 2019 e números que sinalizam saída recorde de investimento estrangeiro na B3 no ano passado.

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A morte do general Qassem Soleimani resultou de um ataque realizado pelos EUA com um drone contra um aeroporto de Bagdá, capital do Iraque, na madrugada desta sexta (3). Considerado um herói do país, o militar recebeu uma oração em rede nacional em homenagem e foi chamado de mártir.

O  Departamento de Defesa acusou Soleimani de ter estar por trás do assalto inédito à embaixada americana em Bagdá no início desta semana. O ataque ao general iraniano “tinha como objetivo dissuadir futuros planos de ataque iranianos”, disse o órgão americano.

A embaixada americana em Bagdá pediu aos cidadãos americanos para deixarem o Iraque imediatamente.

Irã promete ‘vingança terrível’

Em resposta, o chefe da diplomacia do Irã advertiu que a morte do general iraniano Qassem Soleimani constitui uma “escalada extremamente perigosa”.

“O ato de terrorismo internacional dos Estados Unidos (…) é extremamente perigoso e uma escalada imprudente” das tensões, afirmou Mohammad Javad Zarif, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

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O antigo líder da Guarda Revolucionária iraniana Mohsen Rezai também já reagiu à morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, numa mensagem em que deixa um aviso claro a Washington: “Soleimani juntou-se aos nossos irmãos mártires, mas a nossa vingança contra a América será terrível”.

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Também o líder supremo do Irã prometeu vingar a morte do general iraniano Qassem Soleimani e declarou três dias de luto nacional.

“O martírio é a recompensa pelo trabalho incansável durante todos estes anos. Se Deus quiser, o seu trabalho e o seu caminho não vão acabar aqui. Uma vingança implacável aguarda os criminosos que encheram as mãos com o seu sangue e o sangue de outros mártires”, afirmou Ali Khamenei, indicou a agência de notícias France-Presse (AFP).

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O líder supremo declarou três dias de luto pela morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, que descreveu como “símbolo internacional de resistência”, de acordo com uma declaração lida na televisão estatal.

*Com agências

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