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Inflação do aluguel acelera em outubro mas fica abaixo das previsões

Puxado pelos preços no atacado, como diesel e milho, o IGP-M subiu 0,68% neste mês, após queda de 0,01% em setembro; em 12 meses, índice da FGV que reajusta a maioria dos contratos de locação do país avançou 3,15%

Bárbara Leite

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Variação do IGP-M que importa para quem mora ou vive de aluguel é a acumulada em 12 meses–Foto: Reprodução

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a chamada inflação do aluguel, passou a subir 0,68% em outubro, depois de uma variação negativa de 0,01% no mês anterior, impulsionado por uma alta acentuada dos preços no atacado.

O número, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (30), veio abaixo do esperado pelo mercado pelos analistas ouvidos pela Reuters, que era de alta de 0,86%.

Com a alta de 0,68% em outubro, o inflação do aluguel acumula alta de 3,15% em 12 meses. É esta variação que importa para quem mora ou vive de aluguel. O índice calculado para reajustar a maioria dos contratos de locação do país é o IGP-M acumulado em 12 meses. Ou seja, o índice divulgado nesta quarta (30) será usado para um contrato que faz aniversário em novembro.

Preços no atacado pressionam inflação

Os dados mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, reverteu o curso para registrar alta de 1,02%, contra queda de 0,09% em setembro.

Os preços no atacado foram impulsionados pela alta de 1,72% das matérias-primas brutas em outubro, ante queda de 0,36% antes. Entre os itens que mais pressionaram os preços no atacado estão diesel (7,04%), milho em grão (8,08%), minério de ferro (1,58%), gasolina (6,78%) e soja (1,45%).

Preços ao consumidor: deflação com energia elétrica e alimentos

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, registrou queda de 0,05% no período, após cair 0,04% anteriormente.

O grupo habitação deu a maior contribuição para o resultado, passando a cair 0,21% em outubro após alta de 0,36% na leitura anterior. O item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de um avanço de 1,28% para deflação de 2,07%, foi o destaque.

Também a queda dois preços de frutas e legumes ajudam a explicar a deflação dos preços ao consumidor em outubro. O mamão papaya barateou 32,97%, a cebola ficou 22,37% mais barata, a batata-inglesa teve queda de 12,04% no preço e a cenoura caiu 16,77%.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,12% no mês, contra alta de 0,60% em setembro.

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