Golpes financeiros aplicados a internautas brasileiros nos últimos 12 meses provocaram prejuízo estimado de R$ 1,8 bilhão às vítimas, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
De acordo com a pesquisa, cerca de 46% dos internautas do país ou 12,1 milhões de pessoas sofreram alguma fraude financeira no último ano, como perda de documentos pessoais (24% do total), roubo, assalto ou furto (21%), perda de cartão de débito ou crédito (18%) e fornecimento acidental de dados pessoais para terceiros por telefone, e-mail, WhatsApp ou em sites (13%).
Segundo o levantamento, 34% dos consumidores não recuperaram nenhum valor após sofrerem algum tipo de fraude. E quase metade (47%) diz já não ter esperanças de reaver a quantia.
Produto não entregue e falsos sites de emprego
O não recebimento de produto comprado foi a maior fraude sofrida pelos entrevistados. O golpe foi apontada por 52% deles. Em seguida surge a compra de um produto ou serviço diferente das informações especificadas pelo vendedor (42%), cartão de crédito ou débito clonado (25%), contratação de serviços ou compra indevida de itens usando documentos falsos, perdidos ou roubados da vítima (14%), transações financeiras em conta bancária sem autorização (13%) e pagamento de serviço não realizado (11%).
Entre os serviços contratados e não realizados, 32% contrataram o serviço de falsa agência de emprego, 24% de uma empresa de renegociação de dívidas, 22% de organizadores de festas e 22% de limpeza de nome negativado.
Para se protegerem dos golpes, 43% dizem que só fazem compras em locais confiáveis (43%), 41% pesquisam sobre a reputação das lojas em sites de reclamação e redes sociais, 38% não compartilham dados pessoais nas redes sociais (38%) e 38% não respondem a e-mails ou telefonemas que solicitam informações pessoais como senhas, número de cartão ou de conta bancária.
“Muitas pessoas não tomam os cuidados necessários nas transações on-line o que contribui para que sejam enganadas. São comuns, por exemplo, ofertas com valor muito abaixo da média praticada no mercado, o que já mostra um indício de que pode ser se tratar de tentativa de golpe”, alerta o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, Costa.