Economia Bárbara
  

Seu Bolso

Dólar despenca a R$ 4,08 com alívio na guerra comercial e Previdência; Bolsa sobe quase 1%

Investidor se anima nesta quinta-feira (5) com retomada das negociações entre EUA e China e conclusão da aprovação da reforma previdenciária na CCJ do Senado

Bárbara Leite

Publicado

em

Nesta semana, dólar chegou a fechar acima dos R$ 4,18- Foto: Pixabay

O dólar iniciou, nesta quinta-feira (5), mais um pregão com forte queda, embalado com o anúncio da retomada das negociações entre EUA e China, além da aprovação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), concluída no início da noite desta quarta-feira (4).

Pelas 10h, a moeda americana era negociada a R$ 4,087, com tombo de 0,45%. Logo na abertura, a divisa dos EUA recuou a R$ 4,077. No pregão anterior, puxado por uma série de boas notícias no exterior e a aprovação do texto- base da reforma da Previdência em comissão do Senado, a divisa havia despencado quase 8 centavos e fechou nos R$ 4,105.

 Já o Ibovespa, referência da Bolsa brasileira, subia 0,93% para os 102.153 pontos. Na véspera, o índice terminou nos 101.200 pontos, com alta de 1,52%, puxado pelas ações da Vale e Petrobras.

Nesta quinta-feira, anima o anúncio desta quarta à noite de que EUA e China marcaram uma data para retomarem as negociações, que podem pôr fim à guerra comercial, que tem enfraquecido economias e elevado os temores de uma recessão à escala global.

O representante do governo americano para assuntos de comércio internacional, Robert Lighthizer, disse que ele e Steven Mnuchin, secretário do Tesouro, conversaram com Liu He, vice-premiê da China. 

“Eles concordaram em realizar reuniões em nível ministerial em Washington nas próximas semanas. Antes delas, encontros de escalão inferior ocorrerão em meados de setembro para preparar o terreno para um progresso significativo”, afirmou o USTr, o órgão de comércio exterior dos EUA.

O Ministério de Comércio da China também confirmou a retomada, e disse que a visita a Washington pelas principais autoridades de Pequim estava marcada para o início de outubro.

Mnuchin e Lighthizer se encontraram com Liu pela última vez em Xangai, no fim de julho, uma reunião inconclusiva que levou a um rápida piora na tensão entre as duas maiores economias do mundo.

Desde então, os EUA já ampliaram a imposição de tarifas às exportações chinesas. Neste domingo, Trump taxou em 15% mais US$ 112 bilhões em mercadorias chinesas e chegou a acusar a China de manipuladora cambial, acusando-a de uma desvalorização artificial da sua moeda, o yuan, para ganhar vantagens competitivas em meio imposição de novas tarifas. A China contra- atacou.

Também alimenta o sentimento positivo em relação ao Brasil, a conclusão da aprovação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a primeira etapa da proposta no Senado.

O investidor estrangeiro vinha duvidando de que as mudanças na Previdência, que podem gerar economia de R$ 962 bilhões em dez anos aos cofres públicos, fossem passar no Congresso. A reforma já foi aprovada pela Câmara e a previsão é que ela seja aprovada até 10 de outubro no Senado.

Para o mercado, com a reforma o país vai retomar investimentos e o crescimento sustentável da economia.

Publicidade
Subscreva nossa Newsletter!
Cadastre seu e-mail para receber nossa Newsletter com dicas semanais.
Invalid email address

Mais Lidas