Bolsas se recuperam e petróleo tem trégua; ouro segue em alta

Após dois pregões de baixas, as Bolsas na Europa e na Ásia se recuperam com a menor preocupação com a tensão militar entre EUA e Irã e negociam em alta nesta terça-feira (7). A cotação do petróleo dá uma trégua e recua. Apenas o ouro, um ativo considerado refúgio em momentos de incerteza, segue com valorizações neste dia de queda de aversão ao risco geral.

O menor nervosismo nos mercados já se havia sentido na véspera em Wall Street e nas praças asiáticas, que fecharam com ganhos generalizados. O índice da Bolsa do Japão, o Nikkei, valorizou 1,6%, o de Hong Kong (0,34%) e o da China (0,69%).

“Conflitos como este normalmente têm um impacto limitado nos mercados”, explica Guillermo Hernández Sampere, responsável pela negociação da Manfred Piontke Portfolio Management, notando que desde os ataques do 11 de setembro “os mercados aprenderam a lidar com estes conflitos.

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Após a morte do general iraniano Qassem Soleimani, o conflito entre EUA e Irã foi apenas verbal, com várias ameaças entre as partes. A última partiu de Teerã, que está avaliando 13 cenários para retaliar contra os EUA, prometendo um “pesadelo histórico” ao país.

Pelas 7h10, o índice Stoxx 600 subia 0,57%, o índice da Bolsa alemã valorizava 0,98%, da Espanha (+0,34%), da França (0,63%), da Itália (0,79%) e de Londres (0,06%).

Petróleo abaixo dos US$ 70

O efeito da tensão no Oriente Médio perde força também no petróleo, que na véspera havia disparado para o maior patamar de quatro meses acima dos US$ 70 dólares por barril na Bolsa de Londres.

Nesta terça-feira (7), o petróleo Brent, referência para a Petrobras, recuava 0,42% para US$ 68,62, depois de ter avançado 3,6% na última sexta (3) e mais 0,45% nesta segunda (6). O petróleo WTI, negociado os EUA, desvaloriza 0,51% para US$ 62,95.

Ouro sobe pela sétima sessão

O ouro é dos poucos ativos refúgio que continua em alta, já que também é o mais frequentemente apontado pelos analistas como o destino mais interessante para os investidores se defenderem da atual turbulência no Oriente Médio.

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Nesta terça, o metal precioso tem ligeira alta, de 0,03% para US$ 1568,05 a onça-troy (unidade de medida que é negociada em Bolsa e representa 31,1035 gramas), acumulando ganhos pelo sétimo pregão consecutivo. Na véspera, o ouro atingiu o valor máximo de mais de seis anos nos US$ 1.588,13.

*Com Jornal de Negócios