Economia Bárbara
  

Seu Bolso

Bolsas caem com vírus da China e UBS; fala de Trump alivia baixa; Ibovespa futuro sobe

Os mercados acionários europeus negociam negativos nesta terça (21), afetados pelos receios de uma nova pneumonia viral chinesa e decepção com lucros do banco suíço; otimismo do presidente dos EUA na abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, atenuou as perdas por lá

Bárbara Leite

Publicado

em

Bolsas da Ásia fecharam negativas: vírus e corte de rating sobre Hong Kong pesaram–Foto: Pixabay

As Bolsas europeias negociam em baixa nesta terça-feira (21) e se afastam dos patamares recordes da semana passada, com os investidores preocupados com impacto da nova pneumonia viral, que está se alastrando na China e já provocou quatro mortes. As ações de bancos, por seu lado, pressionam os índices, depois dos resultados do banco suíço UBS terem vindo abaixo do esperado.

Após o discurso otimista do presidente dos EUA, Donald Trump, na abertura da 50ª edição do Fórum Econômico Mundial, que reúne a elite financeira e política global, em Davos, na Suíça, até sexta (24), pelas 8h, as perdas foram atenuadas por lá.

Pelas 8h58, o Stoxx600 desvaloriza 0,047%, após a Ásia ter fechado negativa. O índice Nikkei recuou 0,91%, o da China tombou 1,41%, e o de Hong Kong fechou com queda de 2,81%, devido também ao corte de rating por parte da Moody’s.

Na Europa:

  • índice alemão DAX caía 0,18%;
  • CAC40, da França, perdia 0,075%;
  • o FTSE 100, de Londres, tombava 0,98%
  • O Ibex, da Espanha, cedia 0,62%

Já os futuros do Ibovespa, registraram alta de 0,25%, enquanto os futuros das ações nos EUA tinham baixas. O S&P 500 caía 0,30%; enquanto o futuro do Dow Jones desvalorizava 0,18%.

Trump

Em um discurso, que mirou as eleições presidenciais de 2020, Trump disse que a relação entre EUA e China “nunca esteve melhor”. 

“Eu e o presidente Xi [Jinping], nós nos amamos”, disse Trump, que no passado já deixou sem resposta um “eu te amo” do brasileiro Jair Bolsonaro. Pequim e Washington selaram recentemente um acordo parcial para suspender parte da guerra comercial.

O americano também listou acordos com Canadá e México e o desejo de forjar um pacto com a Coreia do Sul e o Reino Unido.

Trump também tentou passar uma mensagem global de otimismo com pouco eco no Fórum deste ano, assombrado pela lentidão da recuperação econômica na maior parte do mundo. “Temos motivos para ser otimistas. Não é tempo para as dúvidas ou para o medo”, afirmou.

O líder americano não esqueceu de cutucar o presidente do Fed (Banco Central dos EUA), Jerome Powell, ao afirmar em seu discurso, que o banco está “cortando os juros muito lentamente”.

UBS

As ações de bancos europeus lideram as perdas depois que o UBS anunciou, nesta terça-feira (21), uma queda de 5% nos lucros de 2019 e cortou as metas de rentabilidade para este ano, citando o impacto das taxas de juro em mínimos históricos.

Vírus na China e dólar sobe

As moedas dos mercados emergentes recuavam contra o dólar pelo aumento das preocupações com o impacto do novo vírus que se está espalhando na China.

As divisas da Coreia do Sul, Filipinas, Taiwan e Indonésia estavam no vermelho. Na China, o yuan cede 0,55%.

A China e países próximos estão tomando precauções à medida que milhões de chineses começam a viajar, por conta das férias do Ano Novo Lunar, que se inicia nesta sexta (24) e vai até dia 30, ameaçando ampliar uma nova pneumonia oriunda do centro do país.

A ansiedade em torno da doença aumentou depois do especialista do Governo chinês Zhong Nanshan ter revelado que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infeções respiratórias em seres humanos e animais, é transmissível entre seres humanos.

Quatro pessoas morreram e mais de 200 foram infetadas desde que o vírus foi inicialmente detetado, no mês passado, em Wuhan, um cidade do centro da China, que é também um importante centro de transporte doméstico e internacional.

Com medo, os investidores retiram capital de mercados emergentes.

Banco do Japão

Como se previa, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) decidiu manter nesta terça a sua política monetária inalterada, incluindo a taxa de depósitos de curto prazo em -0,10% e a meta para o rendimento do bônus do governo japonês (JGBs, na sigla em inglês) de 10 anos em torno de 0%. Segundo o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, ainda não há necessidade do BC japonês reavaliar a atual estrutura de relaxamento da política monetária.

*Com Jornal de Negócios e Folha.com

Publicidade
Subscreva nossa Newsletter!
Cadastre seu e-mail para receber nossa Newsletter com dicas semanais.
Invalid email address

Mais Lidas