O Fed (banco central dos EUA) anunciou, nesta quarta-feira (30) um novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa referencial de juros, para a faixa entre 1,5% e 1,75%, conforme esperado pelo mercado.
Oito membros do comitê foram a favor do corte e dois (Eric Resengren, presidente do Fed de Boston, e Esther George, do Fed de Kansas) votaram pela manutenção da taxa.
A decisão marca o terceiro corte de juros do ano. O primeiro foi em julho e o segundo, em setembro. Os três foram de 0,25 ponto percentual.
O comitê considerou a situação global e pressões inflacionárias fracas, e sugere uma pausa após terceiro corte de juros em 2019, além de retirar a expressão “agir conforme o apropriado para sustentar o crescimento” do comunicado.
No ano passado, houve quatro anúncios de aumento.
Para a autoridade, o mercado de trabalho continua forte e a economia vem crescendo a ritmo moderado. O consumo das famílias se manteve forte; já o investimento corporativo e exportações permanecem fracos.
Powell: política é adequada; riscos diminuíram
Em seu discurso Jerome Powell, presidente do Fed, confirmou a nota da autoridade. “Esperamos que economia americana continue crescendo a um ritmo moderado, com suporte dos gastos dos consumidores”. Afirmou que os juros caíram para ajudar a prover segurança ante riscos futuros.
O presidente do Fed considera a postura atual de política monetária se mantendo apropriada, contanto que os dados se mantenham em linha com as perspectivas.
Diz que vê os riscos à economia se tornando menos negativos. “Vamos observar ampla gama de dados para avaliar a melhor política a ser adotada”, destacou, sem especificar se haverá pausa no ciclo de cortes. Mas também negou uma reversão do alívio como o próximo passo da autoridade monetária
“Não estamos pensando em subir juros agora”, disse Powell.
Segundo ele, os riscos se tornaram menos severos devido principalmente às negociações entre EUA e China; além de que os riscos de um Brexit (saída do Reino Unido da UE) sem acordo também diminuíram de maneira significativa, acrescentou.
“Não estamos vendo piora das perspectivas afetando emprego e gastos dos consumidores”, afirmou.
De acordo com Powell, o investimento corporativo e as exportações permanecem fracos. Já a inflação, segundo o chefe do Fed, segue rodando abaixo da meta, com pressões se mantendo fracas.
*Com agências