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BC dos EUA corta juros e sinaliza pausa; veja o que Powell falou

Fed reduziu sua taxa em 0,25 ponto percentual, como esperado, e indicou que não deve reduzi-la na próxima reunião de dezembro; confira as principais declarações do presidente da autoridade americana

Bárbara Leite

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Presidente do Fed, Jerome Powell: economia dos EUA vai continuar crescendo a nível moderado- Foto: Reprodução

O Fed (banco central dos EUA) anunciou, nesta quarta-feira (30) um novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa referencial de juros, para a faixa entre 1,5% e 1,75%, conforme esperado pelo mercado.

Oito membros do comitê foram a favor do corte e dois (Eric Resengren, presidente do Fed de Boston, e Esther George, do Fed de Kansas) votaram pela manutenção da taxa.

A decisão marca o terceiro corte de juros do ano. O primeiro foi em julho e o segundo, em setembro. Os três foram de 0,25 ponto percentual.

O comitê considerou a situação global e pressões inflacionárias fracas, e sugere uma pausa após terceiro corte de juros em 2019, além de retirar a expressão “agir conforme o apropriado para sustentar o crescimento” do comunicado.

No ano passado, houve quatro anúncios de aumento.

Para a autoridade, o mercado de trabalho continua forte e a economia vem crescendo a ritmo moderado. O consumo das famílias se manteve forte; já o investimento corporativo e exportações permanecem fracos.

Powell: política é adequada; riscos diminuíram

Em seu discurso Jerome Powell, presidente do Fed, confirmou a nota da autoridade. “Esperamos que economia americana continue crescendo a um ritmo moderado, com suporte dos gastos dos consumidores”. Afirmou que os juros caíram para ajudar a prover segurança ante riscos futuros.

O presidente do Fed considera a postura atual de política monetária se mantendo apropriada, contanto que os dados se mantenham em linha com as perspectivas.

Diz que vê os riscos à economia se tornando menos negativos. “Vamos observar ampla gama de dados para avaliar a melhor política a ser adotada”, destacou, sem especificar se haverá pausa no ciclo de cortes. Mas também negou uma reversão do alívio como o próximo passo da autoridade monetária

“Não estamos pensando em subir juros agora”, disse Powell.

Segundo ele, os riscos se tornaram menos severos devido principalmente às negociações entre EUA e China; além de que os riscos de um Brexit (saída do Reino Unido da UE) sem acordo também diminuíram de maneira significativa, acrescentou.

“Não estamos vendo piora das perspectivas afetando emprego e gastos dos consumidores”, afirmou.

De acordo com Powell, o investimento corporativo e as exportações permanecem fracos. Já a inflação, segundo o chefe do Fed, segue rodando abaixo da meta, com pressões se mantendo fracas.

*Com agências

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