Com a redução do orçamento em 2019 para o programa Minha Casa Minha Vida e em meio à queda dos juros dos financiamentos imobiliários, a MRV Engenharia e Participações, a maior construtora residencial do país, voltou a apostar nos lançamentos para a classe média brasileira.
No ano passado, a empresa voltou a utilizar o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que usa os recursos da caderneta de poupança. Até 2014, o SBPE representava 30% dos lançamentos. Com o aumento do desemprego no país e a queda nos recursos disponíveis na caderneta de poupança, a MRV decidiu desacelerar. No ano passado, retomou essa fonte e atualmente já representa 5% dos contratos da companhia e a estimativa que, até 2022, seja possível chegar a 20% até 25%.
É um patamar parecido ao que a construtora atingiu em 2013, em pleno boom imobiliário. Atualmente, os restantes 95% dos contratos da companhia têm base em recursos do FGTS, basicamente usados por empreendimentos do MCMV.
Em 2019, o programa habitacional terá o menor orçamento em dez anos (R$ 4,6 bilhões), com restrições a concessão de subsídios à faixa 1,5, voltada a famílias com renda de até R$ 2,6 mil.
Ao mesmo tempo que haverá menos dinheiro para emprestar no âmbito do programa, os grandes bancos privados estão voltando a reduzir os juros dos empréstimos para a compra de casa própria para a classe média.
*Com agências