Os imóveis usados à venda na cidade de São Paulo (SP) estão com áreas menores, ao mesmo tempo em que o preço ficou mais elevado. Os dados são parte de pesquisa inédita feita pelo portal Zap, que analisou o cenário entre janeiro de 2016 e dezembro de 2018.
O destaque foram os imóveis de 1 dormitório, que tiveram uma diminuição de 4% em sua área útil em 2018 quando comparado a 2016: a metragem média era de 47,1 metros quadros (m²) e caiu para 45 m².
Os imóveis de três dormitórios à venda “encolheram” 3%, de 115,7 m² ( 2016) para 112,4 m² (2018), enquanto as unidades de 2 quartos diminuíram 2%, de 66 m² para 64,5 m².
Na contramão, as unidades maiores, de quatro ou mais dormitórios, “cresceram” 4%, de 224 m² (2016) para 228,75 m² (2018).
Para o coordenador de inteligência de mercado do grupo ZAP, Coriolano Lacerda, a pesquisa reflete as mudanças no setor, principalmente em apartamentos menores. “Atualmente, o mercado imobiliário atende uma demanda por imóveis menores, impulsionado pelas novas famílias e pelo pouco espaço disponível nos grandes centros”, explica.
Imóveis maiores têm alta mais elevada no preço
Segundo o estudo, o preço do m² subiu em todos os tipos, à exceção dos imóveis de 2 dormitórios. As unidades maiores, de 4 quartos ou mais, lideram as altas, com aumento de 6%: de R$ 9.420, em média, o valor do m², em 2016, para R$ 9.962/m², no fim do ano passado.
Na sequência, estão imóveis com três dormitórios com uma variação de 4%, ao atingir R$8.466/m² contra R$ 8.168/m² no mesmo período. Já os valores dos imóveis com um dormitório registraram aumento no valor de R$ 10.470/m² contra R$ 10.403/m², variação de 1% entre 2016 e 2018.
O único modelo que teve queda nos preços foi aquele de dois dormitórios com uma queda de 2%, quando comparado o valor médio de 2018 com o preço em 2016, com o valor partindo de R$ 7.500/m² para R$ 7.374/m².
Para Lacerda, essa variação do preço reflete um ajuste do preço de imóveis mais populares e a valorização do mercado de imóveis de alto padrão.
“Com a economia do país instável nos últimos anos, o setor dentro de imóveis com menor valor se regulou para atender a demanda. Já os imóveis mais caros e que atendem uma parcela social diferente, se mantiveram ou valorizaram, pois a demanda se manteve regular”, disse Lacerda.