A espanhola Telefónica, dona da Telefônica Brasil, que detém a Vivo, tem interesse na compra total ou parcial da Oi, que está em processo de recuperação judicial, segundo o jornal espanhol El Confidencial.
A espanhola teria contatado o banco americano Morgan Stanley para coordenar a operação de compra da operadora de telecomunicações concorrente, que, no segundo trimestre deste ano, registrou prejuízo líquido de R$ 1,55 bilhão.
Possíveis barreiras da legislação brasileira para concluir o negócio, já que a Vivo reforçaria sua liderança no mercado de telefonia móvel, podem levar a Telefônica Vivo a comprar apenas alguns ativos da Oi, como as torres de telefonia ou os “Data Centers”, diz a publicação.
Nem a Telefónica nem o Morgan Stanley comentaram a informação.
A Oi, que tem a maior rede instalada de telefonia fixa do país e 16,4% de participação no mercado de telefonia móvel-a quarta maior do país, atrás da líder Vivo, com 32,3%, da TIM e da Claro-, pediu recuperação judicial em 2016, com uma dívida de R$ 64 bilhões.
Mês a mês, a empresa vem perdendo espaço em alguns dos principais mercados em que atua.
Fonte: Teleco
No mês passado, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) descartou a possibilidade de intervenção na Oi e destacou, por meio de nota, que “uma solução de mercado definitiva é o cenário preferencial para a evolução positiva da situação do grupo”.
A empresa, entretanto, ficou mais atrativa, após a aprovação na semana passada no Congresso do novo marco regulatório do setor de telecomunicações, o PLC79, que vai gerar menos custos com a manutenção da telefonia fixa.
Para o BTG Pactual, os custos da Oi podem cair R$ 1 bilhão, já que ela ficará desobrigada de investir, por exemplo, na manutenção de orelhões.
O banco avaliou a operação móvel da Oi entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões.
A eventual venda da Oi agora aguarda a aprovação pela Justiça do processo de transição no comando da companhia. Esse plano, que corre em segredo de Justiça, já está em análise no Ministério Público e ainda não tem data para sair do papel.