O desemprego ficou estável em 12,3% e atingiu 13 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio, mas o contingente de subutilizados foi o maior desde 2012, chegando a 28,5 milhões de pessoas.
O aumento na quantidade de pessoas subutilizadas foi puxado por outros dois recordes, de 7,2 milhões de subocupados e de 4,9 milhões de desalentados. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (28) pelo IBGE.
Além da população desocupada, os subutilizados reúnem os subocupados (disponíveis para trabalhar mais horas), os desalentados (que desistiram de buscar emprego) e uma parcela que não consegue procurar trabalho por motivos diversos, como mulheres que deixam o emprego para cuidar os filhos. A informalidade também é a maior já registrada.
‘Temos um aumento de população ocupada que cresce, mais que mais da metade desse incremento é de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas’, destacou a analista do IBGE, Adriana Beringuy.
Considerando a soma dos trabalhadores por conta própria e de sem carteira assinada (um termômetro da informalidade no país), o número chegou a 35,4 milhões, o maior já registrado pela série histórica do IBGE.