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Serviços tombam 1% em junho e indicam que Brasil pode estar em recessão

Setor teve a quarta e mais intensa queda do ano no mês, o que levou a registrar retração de 0,6% no segundo trimestre, quando indústria e varejo também tiveram contração

Bárbara Leite

Publicado

em

Foto: Reprodução

(Publicado às 10h23; atualizada às 16h20)

O volume de serviços teve a quarta e mais intensa queda no ano, ao recuar 1% em junho, na comparação com maio, na pior taxa para o mês desde 2015, quando repetiu o mesmo resultado, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta nesta sexta (9).

Segundo o instituto, o desempenho negativo foi acompanhado por todas as cinco atividades, o que não acontecia desde maio de 2018, mês da greve dos caminhoneiros. 

Na comparação com o mês de junho de 2018, a queda foi de 3,6%.

Com o recuo em junho, o segmento passou a acumular queda de 0,6% no segundo trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2018, registra alta de 0,6%.

Os serviços como um todo estão 2,3% abaixo do patamar do final do ano passado, puxados pelo comportamento mais fraco das atividades de transportes e de comunicação e informação, que caíram 1% e 2,6% em junho, respectivamente. Juntas, elas representam quase dois terços do volume total de serviços.

Recessão?

O anúncio desta sexta confirmou, portanto, que os três setores da atividade econômica recuaram no segundo trimestre: varejo (-0,3%), indústria (-0,7%) e serviços (-O,6%).

Na última semana, foi revelado que o mês de junho foi ruim para a indústria, que caiu 0,6%, o que levou o trimestre a fechar em retração de 0,7%. O comportamento do varejo também decepcionou.

O comportamento ruim das atividades terá impacto no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2019, que pode ser negativo. Como nos primeiros três meses do ano, o indicador, que representa a soma de toda riqueza produzida no país, recuou 0,2%, serão dois trimestres seguidos de queda, o que configura recessão técnica.

Segundo relatório do banco Fator, vai ser “difícil não ter queda no PIB”. “O pior vai ser ficarmos esperando os efeitos prometidos da reforma da previdência, e outras, sobre as
expectativas e sobre a demanda, portanto o emprego”, acrescenta o boletim.

Apenas no dia 29 deste mês, quando o IBGE divulga o dado oficial, se poderá constatar se a economia está ou não em recessão.

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