O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas em um país), registrou queda de 0,16% em julho, mostrando que a economia brasileira iniciou mal o terceiro trimestre, informou o Banco Central (BC) nesta sexta-feira (13).
A queda, que é a maior para meses de julho em três anos, interrompe a sequência de dois aumentos mensais consecutivos do índice.
Na comparação com julho de 2018, o IBC-Br subiu 1,31% e, no acumulado em 12 meses, avançou 1,07%. O acumulado em 12 meses mostra perda de ritmo, já quem, no período até junho, o indicador teve alta de 1,13%.
IBGE mostra julho positivo para varejo e serviços
A queda do índice em julho sobre junho contrasta com alguns indicadores mais positivos no começo do terceiro trimestre.
Neste semana, o IBGE divulgou que o varejo brasileiro surpreendeu em julho, subindo 1%, contra a expectativa de alta do mercado de 0,2%. Já os serviços também bateram as projeções, ao subirem 0,8%, no melhor julho em oito anos, contra alta prevista de 0,1%.
Em ambos os casos, porém, analistas do IBGE destacaram que uma recuperação consistente ainda era dúvida, devido ao elevado nível de desemprego e ao ritmo lento da atividade como um todo.
A busca por uma situação fiscal menos crítica, consolidada pelo avanço da agenda de reformas do governo é fator determinante para que a economia deixe de mostrar desempenho ruim, segundo Alberto Ramos, chefe de pesquisa macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs.
A fraqueza na atividade tem elevado as apostas de novos cortes de juros pelo Banco Central, que anuncia na próxima quarta-feira (18) sua decisão de política monetária.
*Com agências