O agora ex-secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, voltou a usar sua conta no Twitter, desta vez, na madrugada deste sábado (14), para contestar a que seria “a mais absurda alegação” já ouvida a seu respeito: a de que “estaria propondo o aumento da carga tributária com a criação de um novo imposto, que dizem ser a CPMF”.
“Nada mais falso”, escreveu. “Há trinta anos defendo o Imposto Único e luto contra o excesso de impostos”, explicou.
Marcos Cintra, defensor de um imposto sobre pagamentos, nos moldes da antiga da CPMF, foi demitido nesta quarta-feira (11) pelo ministro da Economia Paulo Guedes, que atendeu a um pedido do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo explicou a correspondentes estrangeiros nesta sexta (13), Bolsonaro telefonou para ele do hospital, “entubado”, para dizer que não quer a criação de uma nova CPMF.
A reação do presidente ocorreu um dia após um subordinado do então secretário ter apresentado uma proposta do novo imposto, em um evento público, sem autorização dele.
Ele detalhou que depósitos e saques pagariam alíquota de 0,4% e que pagamentos com cartões (débito ou crédito), taxa de 0,2%.
Nesta sexta, Guedes não negou nem confirmou se o novo tributo ainda estaria nos planos da equipe econômica, apesar da posição contrária do presidente Bolsonaro ao imposto. Disse apenas que o tributo de Cintra viabilizaria uma redução do Imposto de Renda, do IVA “e outros”.
O ministro ainda elogiou Cintra, classificando-o como um “homem extraordinário e um parceiro de trabalho”.